“É necessário buscar um novo modelo de desenvolvimento para a Amazônia que não dependa da derrubada da floresta. Essa consciência tem de começar com educação ambiental dentro das escolas”. A frase de Carlos Nobre, climatologista brasileiro, expressa bem a missão da Escola da Amazônia, programa da Fundação Ecológica Cristalino por meio do qual são realizadas pesquisas, atividades lúdicas e viagens mirando a educação de jovens estudantes no sentido da preservação do meio ambiente e da sustentabilidade.
A Floresta Amazônica é uma das regiões que faz do Brasil um dos maiores países do mundo e um dos mais admirados. Assim, é essencial que os estudantes brasileiros tenham contato com ela. O professor de Biologia Edson Grandisoli pensa dessa maneira. Hoje coordenador-pedagógico do programa Escola da Amazônia e do Grupo de Educação para a Sustentabilidade do Colégio, Grandisoli conta que a turma de 2010 será a nona a passar oito dias em Alta Floresta, extremo norte do Mato Grosso. Os alunos do Bandeirantes participam desde 2003.
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A viagem será realizada em julho, para alunos do Ensino Médio. Na primeira parte, o grupo visita pequenas cidades e comunidades locais para investigar as atividades econômicas e seus impactos sobre a floresta. A cidade de Alta Floresta se localiza em pleno Arco do Desmatamento, sendo então palco de atividades de pecuaristas e madeireiros. “Conversamos com pessoas que moram ali e estão o tempo inteiro vivenciando a natureza”, relatou Rodrigo Reis, aluno que participou da viagem no ano passado. Nos últimos cinco dias, o grupo se hospeda em um hotel de selva e observa a dinâmica da floresta, produzindo projetos de pesquisa que resultam em um mini-congresso no final da viagem. “Os alunos têm, assim, a experiência real e concreta do que é fazer ciência”, analisa o Professor Edson, que tem como dupla na coordenação do projeto Sílvio Marchini.
As inscrições podem ser feitas até o dia 15 de junho ou até o final das vagas.