Produção textual – "Utopia" (Fuvest 2016) – Mariana Yanase

Publicado em 29/09/16

Abaixo, vocês poderão ler mais um ótimo texto, a respeito das Utopias (tema da Fuvest-2016). A Mariana Yanase, da 3H1, fez uso de exemplos históricos – desde a Introdução, em forma de ilustração – para comprovar sua tese: de que as Utopias são indispensáveis.
Atenção também ao belo título formulado pela Mariana! O “farol” é, para as embarcações, um guia, um elemento que lhe dá norte… É um título supersugestivo, portanto!

O Farol

                No ano de 1789, a sociedade francesa foi agente de um dos maiores acontecimentos da história contemporânea. Munido pelo lema: “Liberdade, Fraternidade, Igualdade”, o povo francês, cansado dos constantes abusos cometidos pela realeza e sua nobreza parasitária, iniciou uma revolução que objetivava a formação de uma sociedade justa e igualitária, mas sobretudo feliz. Casos como a Revolução Francesa enquadram-se em utopias que, inegavelmente, além de serem almejadas, são indispensáveis.

                O termo “Utopia” (de eu-topia, lugar feliz) caracteriza-se pela presença de um ideal que é capaz de conduzir um grupo de pessoas a sua realização. Assim, sua ausência traz consequências indiscutivelmente negativas. Sua desaparição representa à sociedade a perda de objetivos e da possibilidade de mudança, o que faz com que a realidade passe a ser vista como algo imutável. Essa consciência, causada pela falta de um ideal, faz com que a humanidade, nas palavras de Karl Mannheim, torne-se “um mero produto de impulsos”, dispersando todas as possibilidades de realização de significativas mudanças. Logo, a sociedade passa a andar a esmo, sem objetivos e, principalmente, sem conquistas.

                É verdade que, por se tratar de uma idealização e tendo em vista que a perfeição é inatingível, muitos consideram “Utopia” algo dispensável e até mesmo inútil. Entretanto, esquecem-se de que elas configuram aquilo que norteia a realização de um objetivo, Apesar de poderem não ocorrer plenamente, inúmeras são as conquistas obtidas em busca de sua completa realização. Desde lutas para acabar com o racismo e com a segregação negra na sociedade americana, que resultaram no direito ao voto negro em 1965, aos conflitos ocorridos em 1830 no território europeu que buscavam coibir a intensa repressão sofrida pelas monarquias totalitárias, todos foram norteados por ideais, que, apesar de não terem sido completamente atingidos, melhoraram a situação até ali vigente.

                Por conseguinte, as utopias são essenciais à humanidade, pois, além de representarem múltiplas possibilidades de mudança, mobilizam e guiam a sociedade para uma situação melhor.

Mariana Yanase Barbosa (3H1)

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