Literatura e História no palco

Publicado em 26/11/13

Enxergando a Literatura como elemento histórico de um povo, as professoras Yeda Lenza, Marlene Pissolito (de Português) e Daniela Molina (de História) organizaram uma atividade interdisciplinar com os alunos dos 6.os anos: ao lerem uma versão adaptada pela autora Ruth Rocha do clássico Odisseia (Homero), foram incentivados a escolher e encenar sua parte favorita, na forma de um teatro ou em vídeo.

“Durante o terceiro bimestre trabalhamos a obra com eles da mesma forma que fazemos com outros livros. Fizemos análises em sala de aula e o livro constava como conteúdo na prova bimestral”, explica Yeda. Na disciplina de História, simultaneamente, os 6.os anos também acompanhavam o conteúdo aprendendo sobre a Cultura e a História da Grécia Antiga, o que contribuiu para que os alunos situassem a Odisseia em um contexto sócio-político mais concreto e ilustrado.

Foi o primeiro ano em que a atividade foi realizada de forma inteiramente interdisciplinar. Tendo as apresentações concentradas no anfiteatro, a atividade também proporcionou aos alunos um momento de convivência com as diferentes salas, a fim de que juntas pudessem apreciar os trabalhos dos colegas.

“Ficamos impressionadas com a mobilização independente dos alunos para a realização do trabalho”, conta Daniela. “Em nenhum momento eles demonstraram alguma dificuldade, era algo que até estranhávamos e que nos preocupava um pouco. Mas eles acabaram mostrando um resultado excelente, se preocuparam com toda a encenação, decoraram as falas, fizeram os figurinos, em alguns caso até se preocuparam com o cenário e com os artefatos usados em cena”, comentou.

A atividade recebeu um retorno bastante positivo dos alunos, que além de se esforçarem fortemente para sua execução, ainda puderam ter a experiência de trabalhar em um projeto independente e detalhado. “No geral, eles ficaram bastante contentes com o resultado, era algo que dava pra ver nos rostinhos deles enquanto assistiam aos vídeos ou encenavam para os seus colegas”, explica Marlene.
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