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03/10/2014

#Prata da casa #Produção de alunos

Publicado em 03/10/2014 07:00
Mais um se foi. Mais uma vítima da violência estupida e irracional da nossa sociedade. Mais um que teve a coragem de mostrar quem realmente era, de ir contra um padrão vigente, e que pagou pela sua rebeldia com a própria vida.
E tudo que me passa pela mente era a vida desse cidadão. Quais foram suas alegrias? Suas tristezas? Vitórias? Orgulhos? Perdas? Crenças? Quais eram os seus sonhos, esses que, graças à estupidez humana, nunca se realizarão? Quais eram suas experiências, as que o levaram a ser brutalmente torturado e assassinado? Qual era sua história? É enfurecedor saber que nada do que ele planejou para a sua vida jamais será realizado.
E, quem sabe, mais enfurecedor ainda seja ver que casos assim não vão acabar tão cedo.
Quer saber, isso não é uma prova de redação. Foda-se a impessoalidade.
O que mais me enfureça, quem sabe, seja ver candidatos à presidência do meu país se curvando ou renegando à uma ideologia meramente por votos. Candidatos que abordam temas ~polêmicos~ com uma ~cautela~ completamente  baseada nas pesquisas eleitorais. Deputados Federais defendendo “Direitos Humanos para humanos direitos”. Presidentes da bancada de Direitos Humanos e Minorias defendendo a cura para algo que não é uma doença. Pastores alegando que não existe homofobia no Brasil.
Não existe mesmo?
Então me expliquem, por favor, por que Alexandre Ivo foi morto? Por que Kaique se suicidou (ah, conta outra, vai!)? Por que, agora, João apareceu morto com um bilhete escrito “vamos acabar com essa praga” na boca? Não existe homofobia? Então existe o que? Me expliquem! Me expliquem, porque é contra isso que eu vou lutar!
Sempre me ensinaram que “quem cala, consente”. Pois bem: então, EU GRITO! Eu grito por todos que já foram, são e serão mortos pela estupidez humana! Eu grito por todos que não tem seus direitos basicos respeitados! Eu grito por todos os Joãos, Kaiques, Alexandres, por todos os que carregaram e carregam o triângulo rosa junto ao peito. Eu grito pela liberdade, pela igualdade e pela franternidade. Eu grito pelo meu direito à vida, que, a cada dia, vejo mais ameaçado.
Eu grito por um novo mundo, onde o amor ao próximo saia do papel e das igrejas e se torne um sentimento universal, irrestrito.
E, finalmente, eu grito por todos os que ja morreram nessa luta, renegando abrir mão de sua felicidade, e pagando com a vida por essa escolha – a escolha de assumir quem eles sempre foram.
Essa luta ainda levará muito tempo e muito esforço, mas eu acredito no futuro. Eu tenho esperança nas pessoas, e, acima de tudo, fé em um futuro melhor.

E eu vou lutar por esse futuro em que acredito.

Caio de Sandre – 2H2
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