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20/10/2014

Camões e Drummond

#Prata da casa #Produção de alunos

Camões e Drummond

Publicado em 20/10/2014 07:00

Ó tão ilustre e assaz caro Drummond

Explica-me o motivo pelo qual

Te é o verso livre caro e bom

E o rimar a mim tão caro te é mau.

 

Explico:

Luís

Não tenho razões pessoais

Contra ti

Mas escrevo sem a rima e com o versilibrismo

Porque a poesia é mais

Que a redondilha

Como a culinária é mais

Que as panelas

 

 

Porém, senhor de tão seleto grupo,

O verso livre inova tanto a poesia

Como inova o churrasco o comer cru

Ou a esmola o estender a mão vazia

Desvirtua-se o poema e perde o fruto

Chegando até a dar-me alguma azia

Se poeta queres ser usa a rima

E a métrica que tanto te irrita 

 

 

Enterogastrite me dá, Luís,

A pobreza

A futilidade

O vazio

Dos versos diligentemente escritos

Mas feitos de pedantismo estrito

Cuja forma esconde o saber restrito

E quanto ao churrasco, tchê

Sou um gauche, que é quase um gaúcho

E não venha, portanto, querer ensinar-me

O que aqui inova

Ou não

Deixemos por hora esse assunto de carne

Que me dá sono

 

 

Ora pois, amigo Carlos,

Pensas que não são profundos

Tantos sonetos que faço

Uhm… Que posso rimar com “profundo”?

 

 

Se eu me chamasse Raimundo

O meu nome ali serviria

Entretanto, Camões, todo o mundo

Sabe que me chamo Carlos

Que parece com “Carne”

Que sono!

 

Deixemos Carlos Raimundo Drummond

(Se assim a mim me permites chamar-te)

Assaz aborrecida, vã discussão

Cujo fim poderá até ser de sorte

Que dois bons amigos briguem em vão.

Levando inclusive um ao outro à morte

E faço-te aqui um real verso livre.

Hehe, e dar-te um gosto desse calibre?

 

Quem dera!

André Nunes Conti (3E1)

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