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02/09/2021

Eu Fiz Band: Ana Paula Gushken

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Eu Fiz Band: Ana Paula Gushken

Publicado em 02/09/2021 10:45

Ana Paula Gushken passou todo o seu Ensino Médio no Band, de 2013 a 2015, preparando-se para prestar Medicina, além de também ter explorado outras áreas pelas quais se interessava. Participou do MONU-EM, do grupo de sustentabilidade e do Curso Preparatório de Olimpíada de Química enquanto também aplicava para estudar fora do país.

Apesar de todos os esforços, acabou não passando em Medicina em sua 1.a tentativa. Isso a frustrou, a princípio, porém hoje ela reconhece que foi o melhor que poderia ter acontecido. Um mês depois, recebeu uma carta de aceitação da Boston University e decidiu encarar o desafio, o que provavelmente não faria se tivesse sido aprovada em alguma universidade no Brasil. 

Nos Estados Unidos, a Medicina é considerada pós-graduação, ou seja, são 4 anos de graduação em outra área e mais 4 anos em Medicina. Ana Paula optou, então, por cursar graduação em Engenharia Biomédica pois, além de combinar Medicina, Engenharia, Tecnologia e Inovação, que sempre a atraíram, é uma área que cresce cada vez mais.

“No 1.o ano, decidi me desafiar e explorar áreas com as quais não estava familiarizada e isso definiu totalmente os meus anos de graduação. Foi assim que descobri meu interesse por trabalhos comunitários, pesquisa científica, melhoria da qualidade na saúde e gestão.”, conta Ana Paula. Ela implementou projetos de saúde pública em Honduras junto a líderes locais para promover infraestrutura de saneamento básico para comunidades carentes e prevenir doenças. Ao retornar para Boston, percebeu que havia oportunidades de impactar a comunidade ao seu redor, então começou a trabalhar como gerente de programas no departamento de serviços voluntários da Universidade e a se voluntariar em hospitais e ONGs da região. Ainda em seu 1.o ano, iniciou pesquisa no Frydman Lab, onde estudou a Wolbachia, uma bactéria que, quando presente dentro do mosquito Aedes aegypti, pode controlar doenças como dengue, zika, chikungunya e febre amarela, prevenindo sua transmissão. Pensando no potencial de impacto que isso pode ter no Brasil, seguiu no laboratório até 2020, quando se formou.

Ana Paula sempre manteve contato com o Brasil durante sua graduação. Ela organizou eventos para compartilhar a cultura brasileira no campus, além de ter trabalhado na área de Gente e Gestão da BRASA (organização de estudantes brasileiros no exterior) e nos times de conteúdo, logística e programa de embaixadores da Brazil Conference at Harvard & MIT.

Durante a graduação, Ana Paula começou a se preparar para o processo de aplicação de Medicina, o que foi um de seus principais desafios. “A concorrência é muito grande e pouquíssimas universidades aceitam alunos internacionais. Além das aulas obrigatórias que precisei fazer durante a graduação, as chamadas aulas pre-med, a aplicação consiste em uma prova de admissão de 7h30 chamada MCAT, além de redações, entrevistas, cartas de recomendação e um currículo competitivo.”, explica.

Após se formar em 2020, Ana Paula foi uma das 150 pessoas, entre mais de 12 mil candidatos, aceitas na Boston University School of Medicine e a 1.a aluna internacional brasileira da Universidade nesse curso. Com a pandemia, decidiu trancar e tirar um “gap-year” no Brasil, para depois retornar a Boston em 2021.

Ana Paula conta que, em seu 3.o ano de graduação, fez um estágio de um semestre no Cambridge Health Alliance, nos Estados Unidos, trabalhando no time de melhoria da qualidade e implementando projetos de melhoria e segurança do paciente em diversos hospitais da rede. Com isso em mente, decidiu aproveitar seu “gap-year” para estagiar no Institute for Healthcare Improvement, em um projeto que busca reduzir a mortalidade materna em hospitais públicos do Brasil, o que fez até agosto deste ano, quando retornou aos EUA. Ela poderá, agora, aprender com grandes referências na saúde no grande epicentro de educação, tecnologia e inovação médica que é Boston.

“Nos últimos anos, percebi que as coisas nem sempre vão conforme planejado e isso não é necessariamente ruim. Pode ser uma oportunidade para seguirmos alternativas que não considerávamos antes. Acabei de iniciar o curso de Medicina cinco anos mais tarde do que o plano que tinha no Ensino Médio, mas aprendi muito nesse período e essa experiência contribuiu para que hoje eu estude Medicina com outros olhos, pensando muito mais na parte de tecnologia, impacto social e sistema do que pensava antes.”, conta Ana Paula, que conclui explicando a importância de seu tempo no Band na trajetória. “Os anos que passei no Colégio foram puxados, exigiram muita dedicação, proatividade e resiliência, mas todo o esforço valeu a pena. A base que o Band constrói nos prepara não só para a faculdade, mas para a vida, seja qual for a área que queiramos seguir. Aprendemos a ser persistentes em relação aos nossos objetivos, mas também a nos adaptar conforme as oportunidades vão aparecendo.”.

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