desejo me espalhar no mundo
me evaporar
condensar em forma de mar
irradiar luz do sol
ou brilho de luar
ó destino
porque não nasci átomo
tive que nascer de corpo inteiro
filha da lua
astro, asteróide
de tudo um pouco quase nada
antes eu fosse
conchinha no mar
me desfazendo em areia
sumindo a cada pisar
se fosse folha na arvore
clorofila da vida
deprendo-me do galho
numa eterna despedida
mas nasci humana
presa em corpo
minha alma e espirito
aprisionados em efemeridades
ate que me liberto
enfim
nita
Isabela Avelar, 3H2