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12/06/2015

Publisher da editora Aleph no Idade Mídia

Publisher da editora Aleph no Idade Mídia

Publicado em 12/06/2015 15:37

O Idade Mídia recebeu o publisher da editora Aleph, Adriano Fromer. Simpático e muito experiente na área, Adriano veio compartilhar com o grupo suas experiências na área de publicações, além de falar sobre temas importantes como o do e-book, cultura geek e ficção científica. Ele trouxe mais uma abordagem sobre mídia para o grupo de alunos que participa do Idade Mídia e produzirá um produto de comunicação até o final do ano.

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Entre inúmeras recomendações de livros e séries, o publisher contou sobre a trajetória da editora Aleph, fundada por seus pais. Há 10 anos, quando o mercado de ficção científica não aparentava dar retorno no Brasil, a editora decidiu investir nele. “Inovar é o maior risco não só de uma editor, mas de qualquer empresa. Se, por um lado, é necessário se diferenciar dos concorrentes e fazer algo que ninguém ainda fez, por outro, é importante assegurar certo lucro”, conta o convidado. E foi por isso mesmo que sua editora manteve uma linha tradicional de turismo enquanto criava um mercado para a ficção científica.

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A Aleph, porém, não teve tanta dificuldade em ingressar nesse mercado ainda pouco explorado, e a migração entre a linha de turismo e a ficção científica foi mais rápida do que o esperado. Isso porque a “sacada” de lançar livros da ficção científica que estavam a muito tempo esgotados no Brasil, como “2001, Uma Odisseia no Espaço” ou “Neuromancer” – o livro que deu origem a Matrix – garantiu à editora um primeiro período sem concorrência. Além da ficção científica, a Aleph também investee m clásisco da inovação e educação como “Cultura da Convergência”, de Henry Jenkins, e o próprio livro “Idade Mídia”, do jornalista Alexandre Le Voci Sayad.

A editora Aleph, que agora está focando em lançar clássicos da ficção científica, até hoje surpreende com a quantidade enorme de escritores renomados que já trabalharam com ela. “E somos apenas uma empresa de médio porte!”, lembra Adriano.

Não podemos esquecer, contudo de uma grande marca dos livros publicados pela Aleph: suas capas. O publisher garantiu que tem um cuidado especial em sempre manter uma boa aparência para elas. Na época dos e-books, com seus menores preços e praticidade de obtê-los, muitos só compram um livro que julgam bonito para colocar na estante. “O que diferencia os livros físicos em relação aos e-books é o chamado “fetiche dos livros”. É por isso mesmo que devemos ter uma preocupação especial com sua aparência”, afirmou Adriano. Mesmo no processo de publicação do livro, a edição e projeto gráfica da capa têm importância equiparável. Por isso, a Aleph aposta em artistas renomados para desenvolve-la.

Adriano ainda nos deu dicas sobre como publicar um livro. Ao contrário do que muitos pensam, não é só enviar um exemplar do livro para várias editoras: é preciso provar para elas que sua história irá vender. Fazer uma pré-venda no Catarse, ou ainda se lançar na Amazon, em um blog ou em sites como Smashbox podem ser bons caminhos para isso.

A respeito da carreira de publisher, Adriano explicou que não só recebe novos livros como também busca ficções científicas no exterior, para posteriormente traduzir. Após identificar as obras com que irá trabalhar, coordena o processo de revisão, tradução, projeção gráfica da capa, distribuição do livro e renegociação dos contratos, que garantem sete anos de monopólio da editora para exploração de um livro.

Adriano garantiu ainda que ama seu trabalho, e como amante da literatura geek deixou ao grupo algumas recomendações. Confira a lista de títulos  de livros e filmes sugeridos a seguir:

Walter Miller Jr.: Um Cântico para Leigowitz
Arthur C. Clarke: O fim da infância
lWilliam Gibson: Neuromancer
Filme Blade Runner (ciber punk)
Isaac Asimov (melhor autor de ficção científica de acordo com Adriano)
Duna – Frank Herbert(o livro é muito melhor que o filme!)
Arthur C. Clarke: 2001 Uma odisseia no espaço
John Boyne: O palácio de inverno; sobre Rev. Russa.
Ursula K. Le Gin: A mão esquerda da escuridão
Jorge Luis Borges: O Alep

Por Alexia Filkestein, do Idade Mídia

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