Era uma tarde comum para Allan Fricman e sua esposa Elizabeth, um dia não muito quente nem muito frio, com uma leve brisa soprando pelas árvores quintal do belo casarão vitoriano na periferia de Oxford. Era.
O casal chegou a casa após mais um longo dia de trabalho nas universidades da cidade. Mas era um dia de festa, festa de quinze anos de casamento do casal. Com um jantar especial e um belo vinho Frances, eles festejaram.
Após o jantar, enquanto Allan terminava de guardar a louça, Elizabeth se recolheu para o quarto.
Um grito.
– Elizabeth, está tudo bem? – Perguntou Allan.
Ele foi subindo as escadas que davam para o segundo andar.
– Elizabeth?
Um sopro gelado.
Quando chegou ao topo da escadaria, viu um vulto caído no chão. Era Elizabeth, branca como um fantasma, o rosto petrificado numa careta de pavor, os olhos arregalados e um grito preso a garganta.
Mais um sopro gelado.
Ele olhou para cima e…
Escuridão.
Gabriela Kazumi Ono Leal (8C )