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#Decifra-me ou devoro-te

Quem é o professor (ou professora) autor da redação “A palavra”?

Publicado em 01/09/2013 19:22

 

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O Palavrarte mergulha no mar do tempo e emerge com uma preciosidade em sua rede: um texto escrito aos dezessete anos, por um(a) professor(a) do Band!

Está lançado o desafio: quem adivinhará o autor dessa redação, intitulada “A palavra”? Envie seu palpite, aqui no blog ou em nossa página no Facebook!

A PALAVRA

Ouvir uma música constitui para mim, quase sempre, algo muito peculiar. É uma das formas à qual muitos compositores lançam mão, buscando conscientizar o público sobre um determinado assunto. Hoje ouvi uma música “tipo protesto”, de Chico Buarque de Hollanda, que refletia o moral dos brasileiros, quatro anos após a revolução de sessenta e quatro. E assim, não muito baseado no assunto em si, porém mais fundamentado na forma pela qual Chico Buarque o expôs, foi que resolvi escrever sobre a palavra.

Será que alguém já parou para pensar como é que alguém emite um som e, em frações de segundos, talvez à velocidade da luz, podemos entender, decifrar e conhecer o significado aquele som? Sim, a palavra… é um dom maravilhoso. É uma das formas de liberdade de que dispomos e, como tal, devemos saber como utilizá-la. Mas alguém me pergunta: o que é que a palavra tem a ver com liberdade? Muita é a conexão entre as duas. Quando muitas vezes não gostamos de determinadas coisas devemos, por mais prejuízos que tenhamos, tentar melhorá-las. Uma das formas é o diálogo (unido à ação), a conversa esclarecedora, para mim, a forma mais racional de resolver os problemas, sejam estes relacionados ao que forem! Pena que nos últimos anos a crescente comercialização, o desenvolvimento dos meios de comunicação, os anúncios publicitários, a televisão e tantos outros fatores tenham falado por nós. Isso mesmo: falado e pensado por nós! Nós que ficamos aqui a ouvir e aceitar tudo quanto nos impingem! Ora, com tantos argumentando em nosso lugar, por que é que haveríamos de nos manifestar? E é isso que, infelizmente, os despersonaliza, faz com que não tenhamos opinião própria. Pensamos que é aqui, apenas na escola, que devemos dar nossa opinião sobre uma ou outra coisa. Não, não é nada disso! A luta foi ontem, é hoje, será amanhã, e amanhã, e depois e sempre, em qualquer parte e talvez nunca mude, porque se de um lado temos pessoas confiantes, que lutarão por aquilo que desejarem, do outro temos aqueles que constituir-se-ão nossas barreiras.

E é através da palavra que devemos apresentar nossas ideias, nossas próprias vontades, estejamos certos ou errados, o que me faz lembrar Voltaire: “posso passar toda minha vida negando o que afirmas, mas posso passar igual quantidade de tempo defendendo o direito de falares”. E ele esteve neste mundo dois séculos e alguns anos antes de nós…

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