Observatório lunar em casa: entenda o projeto dos 9.os anos

Publicado em 11/03/21

Você já parou para observar a Lua? Certamente já deve ter percebido que ela se apresenta com formas diferentes ao longo do mês, mas sabe com que regularidade essas mudanças ocorrem? Estas e outras perguntas estão sendo investigadas pelos alunos do 9o ano no curso de STEM. Ao longo do primeiro bimestre, os alunos foram convidados a construir seu próprio observatório lunar, utilizando apenas post-its, o aplicativo de realidade aumentada “StarWalk 2” e o quarto de cada um!

intervenção na sala C2 dos primeiros 15 dias de observação, cada post-it em um dia de observação representa a posição da lua e sua fase.


O projeto funcionará da seguinte forma: durante um mês, os alunos observarão a lua diariamente utilizando o aplicativo “Star Walk 2” e posicionarão, em seus quartos, a localização da Lua em um determinado horário estipulado por eles mesmos, utilizando post-its. Ao longo do processo, todas as observações, dificuldades, imprevistos e descobertas devem ser organizadas em um diário de bordo, que vai auxiliar na organização dos resultados e conclusões que virão a ser apresentadas em um relatório ao final da atividade.


Há, no entanto, um diferencial: a participação das famílias dos alunos durante o processo. A esse respeito, a professora da disciplina Thais Costella explica: “As famílias receberam um e-mail, antes de iniciarmos o projeto, com todas as orientações da atividade. Como o processo envolve uma intervenção em casa, feita ao longo de vários dias, alguns cuidados devem ser tomados para que os marcos do movimento de translação da lua permaneçam intactos. Nesse sentido, as famílias podem ajudar a manter essa organização, sabendo que, durante alguns dias, todos precisarão tomar cuidado com os post-its, além de incentivar a contornar os problemas, caso algum imprevisto aconteça, como, por exemplo, perder um registro.”.


A professora comenta, ainda, sobre suas expectativas: “Ao se colocarem no papel de investigadores, os alunos vão poder consolidar de forma prática os conteúdos relacionados à Astronomia trabalhados no bimestre e refletir sobre o processo de investigação e metodologia científica do projeto, apropriando-se dos instrumentos de observação e comparando nosso contexto com suas possibilidades de ferramentas, previsões e limitações atuais e aquelas dos primeiros observadores da lua.”. 

Gabriel Steinicke, professor de STEM, afirma que o processo de observação em si é tão importante quanto os resultados finais. “Conforme vamos estudando nas aulas as posições da Lua, o movimento de translação, entre vários outros assuntos relacionados ao projeto, os alunos vão entendendo melhor suas próprias investigações e observações feitas em casa, e é muito interessante ver essa evolução”, comenta.

“Minhas expectativas são muito positivas. Os alunos têm trazido em aula dúvidas e questionamentos que provam o quanto o experimento está sendo bem-sucedido, já que eles estão conseguindo associar o conteúdo trabalhado em sala com suas próprias experiências em casa. A vivência de uma observação sistemática de 30 dias e a elaboração de um relatório que reúne todas as informações coletadas exige muita disciplina e dedicação, e será essencial para que os alunos observem que o método científico é um processo demorado e, muitas vezes, os resultados serão diferentes daqueles previstos inicialmente”, finaliza Gabriel.

A aluna do 9.o ano Lorena de Albuquerque comenta sobre sua experiência desenvolvendo o Observatório: “Eu estou gostando muito de executar esse projeto. Está sendo muito interessante ver as fases da Lua e compará-las. Diante da situação que estamos vivendo, foi uma ideia muito legal por podermos fazer uma atividade prática e diferente em casa e explorar esse espaço. Está muito divertido colocar os post-its e ver o movimento da Lua na minha própria parede.”.

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