Anoitecer

Publicado em 22/05/17

Cada raio de luz
Aos poucos se desfaz
O branco vira vermelho
O vermelho vira azul
E o azul fica negro.
O negro é tão escuro,
Não vejo nada…

Então brilha a lua,
Pálida, solitária.
As estrelas consolam
Seu triste choro,
Brilhando fracas,
Em uníssono com a
Mãe, em vão.

As luzes se apagam,
A cidade dorme.
Vagam à noite
Apenas os fantasmas,
De tempos alegres
E eles festejam
Ao som do jogral embebedado.

Canta o jogral
Sobre as alegrias passadas,
As mulheres amadas,
As dores causadas,
À vida, à morte!
Um brinde ao amor!
Um brinde ao ódio!
Afinal, do que seríamos nós
Sem nossos sentimentos?

E nossos tormentos?
Do que somos feitos,
Além de tormentos?
Que tormentos?
Estamos tão alegres,
E a noite é tão linda…
Tomemos então
Esse delicioso vinho…

E aos poucos,
Tudo fica mais claro e
Volto a enxergar.
O negro volta ao azul,
O azul volta ao vermelho
E o vermelho vira branco
E surgem então os primeiros raios de luz.

Marcelo Victor Nigri, ex-aluno 2016

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