Do Band a Harvard: Giovanna conta como é o seu laboratório Olá de novo!

Publicado em 02/04/19

Essa semana, vou falar um pouco mais de mim e o que eu faço aqui no laboratório em Harvard!

Eu sou a Giovanna, tenho 22 anos. Entrei no Band no sexto ano e fiquei até o terceiro colegial. Agora em 2019 completo 5 anos de formada (nem acredito que já passou tudo isso)! Os sete anos de Band foram fundamentais para construção de minha trajetória e para os primeiros contatos com temas que eu perceberia serem do meu interesse nos anos que se seguiram. Foi um período muito intenso! Guardo com carinho as memórias dessa escola, onde conheci meus melhores amigos e tive a oportunidade de cruzar com professores incríveis.

Durante o ensino médio, várias dúvidas surgiram em relação a prestar ou não medicina. Sempre tive muito interesse pelo funcionamento do corpo humano e pela prática clínica. Depois de muito pensar entre Medicina x Publicidade e Propaganda, Medicina x Direito, Medicina x Letras, Medicina x História…, percebi que algo sempre me trazia de volta para a vontade de cursar medicina.

Desde antes de entrar na Pinheiros, já tinha ouvido falar do programa de intercâmbio USP-Harvard. Aos poucos, fui conhecendo outros alunos que já haviam ido e pessoas interessadas em ir. Pesquisei muitas informações sobre o programa e sobre Boston e, cada vez mais, meu interesse foi aumentando.

Depois de muito investigar sobre as oportunidades de pesquisa do projeto, decidi que queria aplicar para o laboratório do Dr. Richard L. Verrier: um laboratório com foco em cardiologia clínica e experimental. Então, participei do processo seletivo e, após meses de ansiedade esperando o resultado, fiquei na lista de espera, fui convidada para um outro laboratório do programa, até que finalmente fui aprovada no que havia prestado!

Sobre o laboratório:

A equipe é formada por:

Fernanda, Sofia, Eu, Dr. Verrier, Sandra, Bruce comemorando o meu aniversário

  • Richard Verrier, o PI (principal investigator), ou seja, ele é o chefe do laboratório, quem comanda e tem as principais ideias de pesquisas.
  • Sandra Verrier, quem ajuda com a construção dos artigos, desde gramática até organização. Basicamente é quem sabe como tudo funciona e de tudo que precisamos.

Como podem ver pelo sobrenome, sim, eles são casados.

  • Bruce, engenheiro biomédico. Ele faz muitas estatísticas e mexe com muitos softwares rebuscados e números, que não sei nem explicar o que são. Junto com o Dr. Verrier, inventou técnicas inovadoras de análise de eletrocardiograma.
  • Três alunas da FMUSP: Fernanda, Sofia e eu! Temos contato direto com o Dr. Verrier, o que não é tão comum nos outros laboratórios do programa, onde os alunos acabam ficando mais em contato com outros pesquisadores associados. Essa proximidade é muito boa, nossas ideias e opiniões são valorizadas e sempre levadas em consideração durante as discussões sobre a pesquisa. Com certeza, estamos aprendendo muito com essa troca!

Parte experimental: Sofia, eu e Fernanda na sala de cirurgia

O laboratório é dividido em duas grandes áreas: clínica e experimental. A parte clínica, atualmente, está voltada ao estudo de eletrofisiologia, principalmente, ondas do eletrocardiograma (ECG). A onda que mais estudamos é a que indica a repolarização dos ventrículos (onda T). Estamos avaliando a heterogeneidade dessa onda e o impacto disso na patologia das doenças e na clínica dos pacientes. Por exemplo, pacientes que têm uma maior heterogeneidade, têm maior risco de ter morte súbita.

Ondas do Eletrocardiograma (ECG)

A parte experimental acontece no hospital Beth Israel Deaconess Medical Center (BIDMC), um dos hospitais escola da Harvard Medical School. No momento, estamos testando um medicamento com potencial de reverter fibrilação atrial, uma das arritmias mais comuns no nosso meio, e estudando as alterações que ela provoca no funcionamento do coração. Usamos porcos como modelo animal nos experimentos porque o funcionamento do organismo deles é bastante próximo ao do corpo humano. Tivemos que fazer vários cursos online e testes para podermos trabalhar com animais com consciência e responsabilidade.

De maneira resumida, estudamos sobre cardiologia, fazemos pesquisa na área básica para que depois possamos transpor esse conhecimento para a parte clínica e, quem sabe mais tarde, ao cuidado com o paciente. Eu sei que os temas parecem difíceis e confusos, mas vamos falar muito sobre isso ainda, prometo que vai dar para entender aos poucos!

Giovanna

Os alunos formados no Band em 2014, Giovanna Pedreira e Leonardo Pipek, estão tendo uma oportunidade única! Em um programa de intercâmbio da Faculdade de Medicina da USP e da Harvard University, os dois passarão um ano estudando em Boston. Confira o Blog dos estudantes que será atualizado toda semana!

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