Retorno às aulas: formação dos inspetores

Para realizar um retorno seguro e planejado ao Band, foram realizadas capacitações relacionadas à biossegurança – uso da máscara, higienização das mãos e distanciamento social – com cerca de 370 funcionários, sendo esses a equipe de limpeza, os inspetores, a direção, a segurança, toda a parte de back-office, os coordenadores e professores, além de uma parceria contínua com o Hospital Sírio-Libanês. Entre essas centenas de colaboradores, a formação e preparação dos inspetores foi essencial, já que eles são responsáveis por organizar todo o fluxo de pessoas dentro do Colégio, além de monitorá-las e prestar auxílio.

Para entender como se deu essa formação, o professor de Educação Física e responsável pela capacitação dos inspetores, Guilherme de Salles Aguiar, comenta todo processo. “Nós percebemos que os inspetores seriam encarregados de organizar todo o fluxo interno do Colégio, de modo que teriam que trabalhar em conjunto com a Orientação, com os professores. Para tudo isso funcionar, tivemos uma série de capacitações”, explica.

A primeira capacitação foi a de biossegurança, ministrada pelo Hospital Sírio-Libanês. “Nessa dinâmica, foram trabalhados todos os protocolos e procedimentos para atuar de forma integrada com as orientadoras e os professores. Os inspetores são responsáveis por monitorar o fluxo de alunos tanto na entrada quanto na saída, assim como na ida ao banheiro e caso ocorram eventuais problemas”, conta Guilherme.

Houve, também, um acolhimento em relação a esses profissionais, para que eles compartilhassem seus sentimentos, experiências e vivências durante todo esse período: “Chamamos esse processo de Diálogo do Reencontro, já que foram colocadas para fora todas as questões emocionais envolvidas”, conta Guilherme

Em seguida, começaram a ser trabalhadas várias capacitações de como lidar com diversas situações. Foram feitas 3 capacitações em conjunto com a Orientação Educacional e CPG para discutir e planejar formas de proceder nas mais diversas ocasiões.

simulação digital 3D da recepção

Para melhor compreender e organizar a logística envolvida na atuação dos inspetores, Guilherme fala sobre uma iniciativa que facilitou muito: “O inspetor Presley Domingues fez uma simulação digital 3D dos ambientes do Band. Com isso, pudemos organizar quem estaria monitorando cada região em cada horário de forma muito mais prática, além de pensar em possíveis situações que poderiam ocorrer. É essencial lembrar que os processos de entrada e saída dos alunos no Colégio ocorrem de 2 a 3 vezes por dia”.

Após todo esse planejamento, passou-se para a parte prática. Sobre isso, Guilherme conta que foram feitos 3 ensaios: “Nós posicionamos os inspetores que estariam responsáveis pela entrada dos alunos. Então, os outros inspetores, bem como a equipe de Educação Física e de Limpeza, simularam a entrada como se fossem alunos. Nós procuramos simular todo tipo de situação, desde alunos circulando sem máscara ou com temperatura corporal acima do aceitável até como seria a troca de aula, a chegada dos alunos em cada andar e as estações de álcool gel”.

No dia que a Escola reabriu, Guilherme conta que foi muito mais tranquilo do que o imaginado, dada a quantidade de treinamentos elaborados. “Os alunos tiveram um comportamento incrível e a equipe de inspetores teve uma atuação brilhante”, afirma.

A inspetora e líder da equipe de inspetores do Band, Elisangela de Oliveira, comenta que o conhecimento adquirido durante todo esse processo não só envolve o âmbito profissional como também o pessoal. “Todos foram muito responsáveis e atentaram-se à todas as informações passadas, com ótimos questionamentos e dúvidas necessárias para o nosso dia a dia. Recebemos toda a teoria do Sírio-Libanês e utilizamos o mapeamento digital, possibilitando que praticássemos de maneira intensa todo o processo de readaptação dos alunos e funcionários.”, conta.

Elisangela finaliza: “A equipe de inspetores vem sendo treinada há mais de 2 meses, filtramos cada detalhe e pensamos em todas as possibilidades. Apesar de prevermos possíveis situações, somente no dia do retorno poderíamos colocar tudo isso em prática. O mais gratificante foi ver que todo o conteúdo adquirido, treinamento e logística foram aplicados por cada inspetor que conseguiu dominar seu setor sempre de maneira colaborativa e buscando ajudar os outros.”.