Professora Juliana defende sua dissertação de mestrado

Publicado em 12/04/22

A professora Juliana Almeida, de Espanhol, concluiu, em março, seu mestrado pelo Programa de Pós-Graduação em Língua Espanhola e Literaturas Espanhola e Hispano-Americana da Universidade de São Paulo, com o título: “O uso de jogos digitais e físicos para promover a educação para a cidadania na aula de espanhol”. 


“Minha pesquisa se propôs a compreender e explorar o potencial dos jogos para mediar a construção de saberes que vão além dos componentes linguísticos previstos nos currículos escolares.”, conta Juliana. Ela explica que buscou considerar o valor educativo do ensino de língua estrangeira para desenvolver nos alunos competências relacionadas à educação para a cidadania na aula de espanhol.


O projeto idealizado pela professora teve a colaboração de Júlio César Scarabelli, seu amigo e designer de games. Com a assistência dele, Juliana combinou os princípios de
game design aos objetivos pedagógicos pretendidos, o que a levou a elaborar três jogos: Creador de personajes (jogo híbrido), em que se trabalham as características físicas e psicológicas em espanhol e reflexões sobre estereótipo de gênero e beleza; Historias ocultas (jogo digital), concentrado em promover o estudo dos pretéritos imperfeito e perfeito simples em espanhol e a visão do colonizador sobre o povo originário quiche da Guatemala e En la escuela (jogo físico), que abrange verbos e preposições para perguntar e dar direções em espanhol e problemas de convivência na escola. “Cheguei a uma resposta positiva com os jogos analisados.”, diz Juliana. “Consegui constatar que são capazes de desenvolver competências relacionadas à educação para a cidadania, especialmente as que refletem os objetivos pedagógicos de cada jogo. Nesse sentido, quando se trata de inserir o jogo na sala de aula para promover a formação cidadã, cabe ao professor olhar a particularidade do seu contexto e estar atento ao tipo de competência de cidadania que deseja mobilizar.”.

Juliana comenta que utilizou a metodologia da pesquisa-ação, na qual os papéis assumidos pelo professor são de pesquisador e interventor, e desenvolveu grande parte de seu trabalho no Band com a participação de seus alunos de 7.o ano. “Coletei os dados em 2018, durante as aulas que ministrava na disciplina de Laboratório de Espanhol. Os dados analisados correspondem aos registros dos alunos feitos nas atividades realizadas durante a aplicação dos jogos ‘En la escuela’ e ‘Creador de personajes’ e nos questionários que eles responderam após a sua participação nesses jogos.” Ela destaca que, para identificar as competências cidadãs, foi necessário “escutar a voz” dos alunos sobre os conhecimentos construídos na aula de espanhol com o apoio destes recursos amplamente utilizados em sua realidade social.

No caso do estudo de Juliana, fundamentado em três grandes áreas de competências de cidadania propostas pelo modelo europeu do Relatório Eurydice, as competências de maior incidência nos dados se enquadram em duas grandes áreas: interagir com os outros de forma eficaz e construtiva e pensar de forma crítica. A título de exemplo, ela cita algumas das competências relacionadas a essas áreas: empatia, autoconsciência, respeito por diferentes opiniões e convicções, cooperação, resolução de conflitos, capacidade de raciocínio e análise, pensamento reflexivo, compreensão do mundo atual e questionamento.

O Band se orgulha de sempre apoiar o crescimento e novas formações de seus educadores e com Juliana não seria diferente. Ela fez questão de ressaltar a assistência da Escola em sua trajetória. “Para desenvolver o projeto e aplicar os jogos, tive apoio do Colégio e de colegas de diferentes áreas. Contei não apenas com a abertura para meu experimento, mas com o suporte da equipe de Tecnologia Educacional, da Editoração, da Orientação Educacional e do Cultural. Em especial Fábio Gondo, Eliane Costa, Soraia Silva e Ricardo Birrer. Pude contar, ainda, com Marília Pelissari e Nuria Carbó, minhas colegas do curso de 7.o ano de Laboratório e que também deram as aulas com os jogos criados, e a coordenadora de Espanhol, Rose Carriel, que confiou na organização de um bimestre de aulas mediadas por jogos. Além, é claro, do incentivo de todos do departamento de Espanhol, no qual a reflexão, o diálogo e a troca constante constituem um trabalho colaborativo e formador. Fico muito agradecida por ter conseguido desenvolver a pesquisa aqui e pelo apoio do Colégio enquanto instituição. Foi importante poder contar com os recursos e o lado humano de cada profissional do Band!”.

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