Eu fiz Band – Alvaro Correia

Publicado em 14/12/20

Alvaro Correia estudou no Band de 2006 a 2010, do 8.o ano à 3.a série. Durante o Ensino Médio, ele fazia parte da turma de Exatas, sempre tendo maior afinidade com a Matemática. Além das matérias curriculares, Alvaro também pertencia ao Programa de Inglês Avançado do Band (Honors English Program, atualmente) e à turma de estudos focados no ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica).

“Eu sempre soube que eu queria ser engenheiro, seguindo os passos do meu pai. Eu também tinha um interesse especial por Robótica. No entanto, quando estava na escola, eu não conhecia bem as diferentes áreas da Engenharia, de modo que acabei optando pela Mecatrônica, a mais abrangente na minha visão”, conta Alvaro, sobre a escolha de sua carreira.

Ao formar-se no Band, Alvaro ingressou na Escola Politécnica da USP, onde iniciou o curso de Engenharia Mecatrônica, visando trabalhar na área da Robótica. Durante esse tempo, ele realizou um estágio em um laboratório de pesquisa da USP, em parceria com a EMBRAER, na área de pesquisa em engenharia de materiais com viés em automação, voltando-se ao meio aeroespacial.

“No quarto ano de Engenharia, eu decidi fazer o chamado duplo diploma. Isto é, realizar uma parte do curso fora do País, que funciona como um Mestrado, em uma Universidade que tenha parceria com a POLI. Então, eu fui para a França estudar em uma escola conhecida pela área de Robótica, a ENSTA Paris [École Nationale Supérieure de Techniques Avancées]”, explica o engenheiro. No intercâmbio, ele fez um estágio na Accenture Labs na Irlanda, onde trabalhava na área de machine learning (inteligência artificial). “Eles têm um time de pesquisadores em Dublin e eu fiz a pesquisa da minha tese de mestrado lá essencialmente”, conta. 

“Nesse período, eu descobri que eu não gostava da Engenharia em si. A Robótica é composta por três bases, a parte mecânica, que engloba a estrutura física do robô, a parte eletrônica, englobando o sistema que efetua a automação, e por fim a parte de inteligência, que controla o robô como um todo. Foi aí que eu entendi que meu maior interesse era a parte de Inteligência, que está mais próxima da Ciência da Computação”, explica Alvaro.

Durante o Mestrado, Alvaro fez um gap-year em que mudou-se para a Inglaterra e iniciou um estágio na empresa Rolls Royce, onde atuava fazendo o design do sistema operacional de turbinas de avião e reatores de submarinos nucleares. “Nesse momento, eu percebi que eu gostava muito mais de pesquisar e estudar. Então, optei por dar continuidade à minha formação acadêmica, voltando-me à pesquisa”, explica.

Depois, Alvaro retornou ao Brasil por um curto período de tempo, onde trabalhou na equipe de crédito pessoa física do banco Itaú. “Lá atuei como cientista de dados na área de inteligência artificial também. Eu fiquei um tempo trabalhando em São Paulo, antes de vir para Holanda fazer meu doutorado.”, explica.

Atualmente, Alvaro está realizando Doutorado em Machine Learning na Eindhoven University of Technology, na Holanda: “Assim, pretendo seguir minha carreira em Pesquisa, que é o que eu mais gosto, dedicando a maior parte do meu tempo a isso”. Recentemente, foi publicado um paper produzido por ele, que foi aceito na Thirty-fourth Conference on Neural Information Processing Systems, conferência renomada da área.

“O trabalho aborda as Random Forests, um dos modelos mais populares em machine learning que é definido para prever uma variável de interesse dado um conjunto de variáveis conhecidas. Um exemplo clássico seria prever o preço de uma casa a partir de um conjunto de atributos: número de quartos, área, etc. Esses modelos exploram a relação entre a variável alvo (o preço de uma casa) e um conjunto de variáveis preditivas (atributos da casa), mas não modelam explicitamente a relação entre as diferentes variáveis preditivas. Nesse trabalho, nós estendemos Random Forests justamente para modelar a interdependência de todas as variáveis. Essa nova reinterpretação de Random Forests traz uma série de benefícios.”, detalha Alvaro. Para acessá-lo, basta clicar aqui.

Sobre como o Band o ajudou em sua trajetória, Alvaro afirma: “No Band, temos a certeza de que recebemos uma excelente educação. A partir daí, as portas que precisamos que sejam abertas vão se abrir eventualmente. O Band me motivou a estar sempre em busca da evolução. Por estar em um ambiente repleto de pessoas extremamente inteligentes e dedicadas, você se sente capaz de atingir aquilo que quer no futuro.”.

Temas relacionados:
Compartilhe por aí!
Use suas redes para contar o quanto o Band é legal!

mais de Eu fiz Band

Eu Fiz Band – 25 anos

Publicado em 20/01/24

Eu Fiz Band – 10 anos

Publicado em 20/01/24

Eu Fiz Band: Márcio Sartori

Publicado em 08/08/23