Oficina de Fotografia do Colégio Bandeirantes: Produções durante o isolamento social

Publicado em 01/10/20

O olhar fotográfico é uma possibilidade de interlocução entre o professor e o aluno. Este ano, a Oficina de Fotografia conta com 24 alunos produzindo ativamente, de acordo com técnicas e desafios fotográficos. O professor responsável pela disciplina, Waldir Hernandes, conta que ao longo dos encontros, as produções fotográficas dos alunos foram abrindo diálogos, colocando elementos do tempo, do espaço e das sensações em suas produções. “Esse olhar fotográfico sugere a abertura para diálogos que têm ocorrido com cada aluno através do Zoom.”

“Durante esse período de isolamento social, os alunos estão passando muitas mensagens por meio de suas produções imagéticas, abrindo espaço para uma conversa mediada por meio do ato fotográfico, trazendo suas percepções e sensações desse período.” comenta o professor.


A aluna da Oficina de Fotografia Grace Yang fala sobre suas inspirações para as fotos: “minha prima mandou uma foto de um bolo, eu pesquisei e fiz outro bolo, inspirado no dela.” Ela acrescenta “Gosto de tentar fazer coisas novas com a inspiração da pessoa que me deu.” Grace assistiu a um programa em que uma professora pintava frutas numa caixa. Com base nele, a aluna criou suas próprias pinturas. Ela não copia o modelo, mas inspira-se e recria a partir de sua própria perspectiva. A aluna também utiliza aquarelas para confeccionar marcadores de páginas inspirados em livros.

O professor Waldir Hernandes esclarece que, durante as conversas individuais, os alunos abrem núcleos de conversas com o professor, sugerindo novos pretextos fotográficos para produção de seus portfólios. “Essa metodologia de trabalho aceita que cada aluno percorra seu próprio processo, a sua vivência.” 

O professor também conta que está orientando e fazendo as devolutivas, mas o diálogo individual os inspira a fotografar a partir de determinado tema, que é bastante singular e particular: “Faço com que essa inspiração se desenvolva, como um sentimento que se transforma em ação, pesquisa, ensino, descobertas, técnicas.”

Neste caso, a fotografia converte a inspiração em criação, sendo uma linguagem que explicita a diferença entre ser copiador e ser o transgressor. “Na Oficina de Fotografia, os alunos não são meramente executores de técnicas da fotografia, mas são sujeitos pensando, sentindo e fotografando”, finaliza Waldir.

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