IV Edição da Semana de Humanidades: confira como foi cada evento

Publicado em 05/11/20

A IV Edição da Semana de Humanidades foi um sucesso! Do dia 19 a 23 de outubro, ocorreram 10 eventos que contaram com a participação de, em média, 50 pessoas cada, e foram destinados aos alunos do 6.o ano à 3.a série, além de todos da comunidade Band que se interessassem. Cada atividade teve 40 minutos destinado à apresentação e 20 minutos às dúvidas dos alunos. Os temas foram os mais variados, como RPG (Roleplaying Game), emoções, racismo, música brasileira e resistência, sustentabilidade e projetos do Band.


Na segunda-feira, a primeira atividade foi o “RPG da Vida Real”, um jogo narrativo, que ficou a cargo da equipe de Artes. “Esse exercício é muito legal, pois a pessoa é obrigada a se colocar no lugar do outro e observar a partir da visão do outro”, conta Marcia Abdo, coordenadora de Geografia que organizou a semana juntamente à Ana Cíntia Albuquerque, coordenadora de História.

A segunda atividade foi sobre formas de aliar as emoções ao bem-estar, discutindo as mais diversas emoções e como reagir diante delas. Organizada pela coordenadora de Biologia e instrutora do programa CEB (Cultivando Equilíbrio Emocional), Meire Bartolo, a discussão contou também com a presença da neurocientista e pesquisadora Dra. Elisa Kozasa e da professora de Biologia e instrutora do programa CEB (Cultivando Equilíbrio Emocional), Girlene Sismotto.

Na terça-feira, a primeira atividade ficou a cargo de Agustina Besada, dona da empresa Unplastify, que visa mudar a relação humana com o plástico. Toda a palestra foi em espanhol e ela contou sobre sua trajetória que envolveu uma aventura pelo Atlântico recolhendo o lixo plástico que polui os oceanos.

A segunda foi guiada pelos próprios alunos, que apresentaram dois projetos do Band: O projeto Solução e o Beinprosone. O primeiro tem o objetivo de encontrar soluções factíveis para problemas reais da sociedade e incentivar o empreendedorismo social. Já o Beinprosone, uma abreviação de Be Innovative and Produce Something New, busca fomentar a criatividade e a inovação dos alunos por meio da elaboração de projetos que visam transformações sociais e pessoais.

Na quarta-feira de manhã, o evento foi apresentado pelo professor de História Ian Marino. Idealizador do projeto e do aplicativo Som da História, Ian trouxe à tona o tema do racismo, focando em como a questão racial se manifesta na música brasileira, meio de luta e resistência da comunidade negra no Brasil. Nessa atividade, os alunos do 9.o ano também compartilharam seus estudos sobre o tema.


À tarde, Mariana Sandoval, que fez Band e estudou Relações Internacionais, conta sua história até chegar ao CICV (Comitê Internacional da Cruz Vermelha) atualmente, que inclui experiências diplomáticas e humanitárias na Europa, no Oriente Médio, na África e hoje na América Latina, em uma região de narcotráfico na Colômbia, especificamente. “A Mariana tem uma experiência de vida incrível, cheia de aventuras. Ela foi monitora no Band e participou do Bandfórum, então é uma inspiração para os alunos que almejam essa área e participam das simulações”, enfatiza Marcia.

Quinta-feira, houve uma continuação da atividade de RPG da segunda. O convidado foi Luiz Falcão, um dos maiores criadores e pesquisadores dessas competições. Ele explicou todo o funcionamento dos jogos de representação e narrativas, com destaque para o LARP (Live Action Role-playing). 

A segunda atividade do dia, organizada pela professora Julia Alquéres, exibiu o filme “Narciso em Férias”, sobre a ditadura militar e a vida de Caetano Veloso. Em seguida, o jornalista e documentarista Ricardo Calil, que foi um dos diretores do filme, participou do evento, explicando sobre toda a criação do documentário, além de abordar a importância da história retratada na obra.

Na sexta-feira de manhã, a professora de História Daniela Molina promoveu um debate sobre etnocentrismo e racismo, atentando para a atual questão da África ao falar sobre o problema dos estereótipos, preconceitos e da visão distorcida e imprecisa que se tem sobre esse continente. A maior participação foi dos alunos do 6.o ano, que interagiram bastante e tiraram muitas dúvidas.

Para fechar com chave de ouro, a sexta-feira à tarde deu lugar a uma conversa sobre o que é ser negro nos dias de hoje e sobre as formas de combater o racismo. O diálogo contou com a presença de Cátia Pereira, professora de Português, do professor Juninho, de Educação Física, de Beatriz Félix, orientadora educacional, do aluno João Lucas, da 3.a série, e de Juliana Luz, da TI. A atividade foi emocionante e muito enriquecedora.

“Enquanto o racismo – um crime – não for eliminado, é necessário e urgente discutir, refletir, agir contra ele. É um tema pior que atual, pois é perene e estruturante em nossa sociedade brasileira. Quanto mais espaços como a Semana de Humanidades propiciou, mais oportunidades nós, negros, teremos de não apenas sermos ouvidos, mas também ‘escurecermos’ que todos, negros e não-negros, têm, cada um de seu lugar, a responsabilidade nesse combate. Espero que, a partir da conversa que tivemos, cada um que olhe ao redor e não veja negros ocupando espaços diversos, e não apenas os subalternizados, tanto reflita sobre as causas dessa desigualdade, quanto aja em prol da equiparidade”, enfatiza Cátia.

Sobre a semana, a coordenadora de Biologia, Meire Bartolo, comenta: “Percebi que o tema emoções esteve presente em cada encontro. Somos movidos por emoções, sejam as agradáveis, como nos jogos de RPG, sejam as que nos mobilizam pelo incômodo, como nas discussões sobre racismo. Para mim, o adjetivo que usaria para falar da semana de humanidades deste ano é: inspiradora.”.

  “A Semana de Humanidades não tem um tema específico, de modo que tentamos abordar aqueles que estão mais em alta no ano, o que está chamando a atenção, sobre o que nós precisamos falar. Trouxemos a saúde mental, falando sobre as emoções que as pessoas estão enfrentando diante de todo contexto de pandemia. Falamos sobre meio ambiente, por conta de toda a questão das queimadas que vêm assolando o país. Fizemos questão também de trabalhar muito com o tema racismo, porque é essencial falar sobre essa luta sempre”, finaliza Marcia Abdo.

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