Física aplicada aos Esportes: aula especial mistura ambas as disciplinas

Publicado em 10/05/21

Na quinta-feira, 06/05, foi apresentada, aos alunos da 3.a série da eletiva de Física Aplicada à Medicina e aos Esportes, uma aula que mescla a disciplina de Educação Física com elementos da Física. A aula foi dividida em uma análise quantitativa e física dos movimentos e uma demonstração das distâncias citadas em grandes marcos do Esporte no ginásio do Band.


O professor de Física, José Ortega, comenta que a eletiva passa por um recorte histórico, primeiro entendendo como a Física descobriu o corpo ao longo da história da humanidade, partindo da primeira dissecação até as ferramentas tecnológicas da Física Moderna. “Depois, chegamos às formas de superar os limites do corpo, analisando os atletas de alto desempenho, e é aí que nos unimos à equipe de Educação Física para fazer uma aula diferenciada, conta.

Planejada pelos professores José Luís Ortega, Pedro Zen, Fernanda Sodré e Carlos De Simone, a aula é composta por uma primeira parte EAD, teórica, disponibilizada na plataforma Moodle, e uma segunda, que consiste em uma experiência em que os alunos passam pelo ginásio e vêem as distâncias que renderam aos atletas grandes recordes, como saltos, corrida e surfe, demarcadas no chão e nas paredes. “Isso permite que eles entendam a magnitude dessas grandezas. Qual o tamanho do passo do Usain Bolt? Qual é a distância do salto da Maurren Maggi? Ao observarem tudo isso, os alunos têm um momento de descontração e interação com essas medidas”, explica Ortega.


Depois, é explorado como a Física pode ajudar na construção de uma consciência corporal para aprimorar os limites do corpo. “Por exemplo, o ângulo de lançamento de 45 graus que pode atingir uma distância maior, as posições específicas que permitem um nado mais rápido, as rotações, todas essas questões da Física vão aparecer no estudo desses movimentos, bem como os modelos matemáticos.”, explica o professor.


Outro ponto a ser destacado é a pesquisa da engenharia de materiais, feita na eletiva, visando entender como algumas ferramentas funcionam e contribuem para a prática de esportes, como, por exemplo, a constituição elástica da vara no salto com vara. Também são abordadas as questões da aerodinâmica, na natação, por exemplo, na qual os atletas se depilam para reduzir o atrito e as resistências contra o fluxo da água. 

Este ano, a interação não se deu da mesma forma em virtude da pandemia, mas a equipe de Educação Física montou uma exposição no ginásio que consiste em um percurso pelo qual os alunos puderam passar, com cartazes explicativos descrevendo a distância em questão. Nesses cartazes, tinha um QR Code, a partir do qual era possível assistir um vídeo do atleta percorrendo aquela distância. Após isso, os alunos vão modelar matematicamente alguns desses movimentos e processos.

A professora de Educação Física Daniela Godoi explica: “Esse experimento permite que os alunos se comparem com os atletas recordistas, colocando-se no lugar deles. Ao assistir o vídeo, apenas, não é possível compreender a magnitude dessas distâncias, mas, ao verem e se posicionarem diante da demonstração concreta dos movimentos, eles têm uma compreensão muito maior. Depois, pela Física, eles entendem como o corpo humano é capaz de realizar esses movimentos.”.

Para Carlos Alberto De Simone, coordenador de Educação Física e Esportes, a atividade da eletiva foi muito positiva para os alunos. “É fundamental que haja uma demonstração do que esses recordes significam. Na parte teórica, os alunos têm toda uma formulação matemática de como é possível atingir determinadas marcas e como a Física influi nisso. Mas, ao compreender, na prática, a distância de oito metros que uma pessoa saltou, por exemplo, isso tem muito impacto, além de ser uma experiência que dificilmente se tem, de modo que é uma oportunidade para que os alunos compreendam essa magnitude.”.

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