Ao contrário do que muitos pais pensam, criança saudável não significa criança gorda. É na infância que adquirimos nossos hábitos alimentares. Segundo pesquisas, cerca de 40% das crianças que são obesas na infância, irão se tornar adultos obesos.
A obesidade não é só um problema estético, o excesso de peso pode provocar o aparecimento de vários problemas de saúde como diabetes, problemas cardíacos (pressão alta), aumento do colesterol, alterações ortopédicas (dores articulares). Crianças obesas podem ser vítimas de apelidos e bullying o que pode afetar a sua integração na escola.
Cerca de 15% das crianças e 8% dos adolescentes são obesos e 8 entre 10 adolescentes continuam obesos quando adultos.
As causas para o desequilíbrio entre calorias ingeridas e queimadas podem variar de pessoa para pessoa. Hábitos alimentares errados, fatores genéticos, sedentarismo, distúrbios psicológicos e problemas familiares são os mais freqüentes desencadeantes de obesidade.
Consumo exagerado de alimentos gordurosos:
Ingerir grande quantidade de comida nem sempre é o responsável pelo aumento exagerado de peso, alimentos de alto valor calórico causam aumento de peso mesmo não sendo ingeridos em grande quantidade. Por exemplo: batata frita, cheesburguer, hambúrguer.
As crianças costumam imitar os pais, assim sendo se os pais têm hábitos alimentares errados acabam induzindo seu filho a alimentar se do mesmo modo.
Sedentarismo:
A vida sedentária facilitada pelos computadores, videogames, televisão … fazem com que muitas crianças e adolescentes praticamente não pratiquem exercícios. A violência urbana muitas vezes impede atividades ao ar livre como jogar bola, andar de bicicleta… e muitos pais preferem que seus filhos fiquem dentro de casa, onde estão seguros, levando-os a passarem horas em frente a TV ou algum outro equipamento eletrônico, e quase sempre acompanhados de biscoito, pipoca, sanduíche e refrigerante.
Stress e depressão:
Os jovens também são alvos de stress, causado por provas, vestibular, brigas com namorado (a) entre outros. A ansiedade pode fazê-los comer mais.
Gordinhos muitas vezes são excluídos de várias atividades ou sofrem gozação dos colegas. Isso pode levar a criança ou o adolescente a sentir se envergonhado e isolar se fazendo da alimentação uma fuga da realidade, isto é, quanto mais rejeitados, mais ansiosos, mais comem. Gordinhos com freqüência apresentam baixa autoestima e apresentam dificuldade para fazer amizade.
Pessoas com depressão sofrem alterações de apetite podendo emagrecer ou engordar. Algumas pesquisas mostram que pessoas deprimidas não praticam exercícios e comem mais doces, principalmente chocolate.
Fatores Genéticos:
Se a criança ou adolescente tem pais obesos corre grande risco de se tornar obeso também porque a obesidade pode ser genética.
Alterações hormonais:
Alterações hormonais como: excesso de insulina, deficiência de hormônio de crescimento deficiência de estrógeno e outros podem causar obesidade.
Prevenção é a palavra chave para evitar a obesidade.
- Consultar um endocrinologista antes de começar um regime.
- Não usar remédios para emagrecer sem antes consultar um médico. Muitas pessoas que usam estes remédios voltam a engordar rapidamente quando param o uso da medicação.
- Evitar pensar negativamente: muitas pessoas começam uma dieta, acreditando que ela não vai dar certo.
- Realizar no mínimo 5 refeições diárias: café da manhã, almoço e jantar; intercalados com lanches que não devem ter alto valor calórico. Coma de preferência frutas, elas contêm fibras, vitaminas e minerais e baixo teor calórico.
- É importante ter uma alimentação balanceada, rica em frutas, verduras e legumes.
- Respeitar o horário das refeições e não beliscar nos intervalos.
- Evitar alimentos gordurosos, doces, frituras e refrigerantes.
- Praticar exercícios físicos.
- Beber bastante água. A água mantém seu corpo hidratado e é muito importante para o bom desempenho das funções do organismo.