Fósforo, do latim phosphorus.
Na forma pura, usualmente o fósforo é semitransparente, mole, de consistência semelhante à da cera de abelha, brilha no escuro (fosforesce) e pega fogo espontaneamente quando exposto ao ar, formando uma densa fumaça branca de óxidos de fósforo que se combinam com o vapor d’água no ar dando origem a vários ácidos.
Foi preparado pela primeira vez em 1669 pelo alquimista alemão Hennig Brand, a partir de um resíduo obtido pela evaporação da urina.
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Certos compostos de fósforo acham-se presentes nos fluidos do interior das células dos tecidos vivos como íon fosfato, PO43–, sendo um dos mais importantes constituintes minerais para a atividade celular. Os genes que dirigem a hereditariedade e outras funções celulares estão localizados no núcleo de cada célula, são partes de moléculas de DNA (ácido desoxiribonucléico), todas contendo fósforo.
O fosfato de cálcio, Ca3(PO4)2 é o principal constituinte inorgânico dos dentes e dos ossos dos seres humanos e de outros animais. Ao nos alimentarmos, parte da energia que extraímos dos alimentos é estocada nas células na forma de uma molécula conhecida como fosfato de adenosina (ATP). Assim, claramente o fósforo é um elemento essencial na nutrição.
Cerca de 70% do fósforo absorvido pelo nosso organismo é destinado aos ossos e os restantes 30% para metabolizar gorduras e açúcares.
Na infância, a deficiência de fósforo leva a uma má dentição e causa o raquitismo; em adultos, leva à osteoporose, que, aliás, atinge uma grande parte da nossa população.
O fósforo possui cerca de 10 variedades alotrópicas, que podem ser classificadas em três categorias principais: branca e vermelha.
http://chemwiki.ucdavis.edu/Inorganic_Chemistry/Descriptive_Chemistry/Main_Group_Elements/Group_15:_The_Nitrogen_Family/The_Chemistry_of_Phosphorous – (acesso 17/05/2011 – 9:19)
Assista ao vídeo sobre a reatividade do fósforo branco:
O fósforo branco é venenoso; quando exposto à luz solar ou ao calor, ele é convertido na variedade vermelha, que é mais inerte quimicamente. Aliás, esta variedade não só não fosforesce (não brilha no escuro) como também não queima pela simples exposição ao ar, à temperatura ambiente.
Referência
http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc15/v15a12.pdf – (acesso 17/05/2011)
QUÍMICA NOVA NA ESCOLA Fósforo N° 15, MAIO 2002
Eduardo Motta Alves Peixoto (empeixo@attglobal.net), bacharel em química pela FFCL-USP e doutor pela Universidade de Indiana (EUA), é docente no Instituto de Química da USP, em São Paulo.