Por: Alexia Finkelstein
Não é nenhum segredo que Band e Santi são importantes oponente na categoria pré-mirim de voleibol. O próprio treinador do time da casa, Luiz Fernando Domingos, admite isso: “O Santi sempre impõe um ritmo muito avançado no jogo”.
Considerando isso, seria inesperado encontrar um estudante do Santi torcendo pelo Band em uma partida de voleibol. O irmão de um dos jogadores do Band e aluno do Santi, Felipe Amaral, de 9 anos, contrariou esta ideia. Na partida de segunda-feira (10) entre Band e Unidade Jardim, lá estava ele dando suporte para o time da casa
O menino tinha quatro amigos jogando na equipe do Santi e ele mesmo estudava e praticava voleibol lá. Ainda assim, ele estava torcendo para o Band. Mais especificamente para o seu irmão, aluno do sexto ano do colégio.
As duas equipes disputaram uma partida difícil, cheia de reviravoltas e estresse. O talento dos jogadores era incontestável, ainda mais levando em consideração sua idade – uma média de 11 anos. Felipe só reparava na equipe do Band, analisando e elogiando a estratégia, a técnica e até o técnico! “Os alunos do Band usam muito o pé para jogar, e isso ajuda muito eles!”, afirmou o torcedor. Vale lembrar que o uso do pé é permitido na modalidade e é quase uma marca registrada dos meninos. O fato de a equipe de voleibol do Band contar com diversos jogadores que praticam outras modalidade faz com que seja inevitável – e benéfico – que os jogadores agreguem o que aprendem em um esporte ao outro.
Felipe ficava ligado também no que acontecia nos intervalos do jogo. Observava atentamente como os jogadores do Band dedicavam-se, nestes momentos, à uma análise do que tinham para melhorar e onde atacar. Com uma partida como a que se viu nessa segunda, acirrada e com nível elevado, é mais importante do que nunca que a equipe demonstre força e controle emocional para os momentos mais tensos e adversos do jogo.
O campeonato pré-mirim em si vem se mostrado cada vez mais disputado e concorrido, como diz a treinadora do Band também de voleibol, Camila Budoya. Os alunos do Colégio Bandeirantes têm um treino intenso, que presa muito por trabalhar os 3 contatos, recepção, levantamento e ataque, além de uma defesa voltada pra conseguir chegar na mão do levantador. E os treinos do Santi, sem dúvida, são tão rigoroso quanto.
Felipe conta que, no Santi, o voleibol é a única modalidade com treinos voltados a competições, é o foco da escola. E isso parece ser um desafio extra, mas não o único para a equipe do Bandeirantes, que começa a receber alunos apenas a partir do sexto ano. “Os alunos do Santi começam o treino muito novos, o que lhes confere uma habilidade e agilidade maior”, opina.
Ao final, por 2 sets a 1, o Band saiu vitorioso. O jogo deixou claro que as equipes têm um nível de habilidade muito próximo. Como admitiu o irmão de Felipe, Arthur Rizzi Amaral, aluno do Band, foi forte a pressão que sentiu durante aquele jogo: “A partida foi super difícil. Eu estava muito nervoso com todas aquelas reviravoltas!”. A experiência pode ter pesado a favor do Band. Este ano, por exemplo, os meninos já estão classificados para a Liga Escolar na série ouro. “A Liga Escolar é a principal competição de São Paulo, e os meninos prometem lá”, garante o técnico do Band.
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