Há momentos em que as palavras faltam, a voz falha e a emoção toma conta de nós. Quem diria que estamos saindo do Bandeirantes, esse cenário a qual estamos tão acostumados e que se tornou a rotina de nossos dias. Uma nova realidade se apresentará para cada um de nós e nos sentiremos diferentes, por deparar com o amadurecimento que a vida proporciona em cada etapa que se encerra e jornada que se inicia; sentiremos saudades: dos amigos que eram tão próximos e tão presentes, mas que acabaram seguindo caminhos diferentes; dos mestres que, mesmo de maneiras diversas, ajudaram a formar o que somos hoje.
Ficam as lembranças, as marcas de cada momento especial que vivemos juntos que não há circunstância que apague. O tempo distancia, o tempo cura as dificuldades, mas o tempo não acaba com o que nós não queremos. Ele reforça os sentimentos que desejamos; todas as amizades, todos os amores, todas as risadas e é desse modo que a turma de 2009 se eterniza no coração de cada um de nós. Por isso, nesse dia de hoje, chore, ria, grite, deixe transparecer todos esses sentimentos que se apertam no nosso peito e torne essa passagem um momento inesquecível. Não sabemos o que enfrentaremos pela frente, mas sabemos o que construímos até agora e é isto o que levaremos a diante. Dividimos nesse momento de nossas vidas dúvidas e aflições em relação ao futuro, mas, mais do que ser um momento de pensar no futuro, é hora de olhar para trás. Simplesmente não há como não parabenizar a todos pelos feitos conquistados. Não apenas a passagem de um ensino básico para um superior, mas principalmente pelo crescimento, pela a dedicação e pelo o esforço que esses anos de bandeirantes resultaram em cada um de nós.
São nesses momentos que nos pomos a imaginar, desejar e sonhar. Somos a geração do futuro. Futuro que nós construiremos e precisamos querer mais. Mais ações, mais vontades, mais mudanças para o mundo. Se existem pessoas que podem ajudar a humanidade, com certeza estão entre nós formandos. Pense grande. Utilize sentimentos e aprendizagens para dar o primeiro passo. Hoje, falta paixão, falta à intensidade que nós temos e que podemos capitalizá-las para um bem maior. Pois bem, seja diferente; faça, aja, movimente-se.
A partir de agora daremos nossos passos sozinhos. Cercados de pessoas que nos amam e apóiam, mas sozinhos. Teremos que construir nosso próprio caminho e tomar nossas próprias decisões. Responsabilidades adentrarão em nossas vidas, mas não podemos perder a essência, essa eterna juventude e alegria de viver que construímos nesses tempos de colégio.
E ficam aqui nossas saudades. Aquela saudade boa, que dá uma dor no peito, mas leva a um sorriso no rosto de lembrar com alegria o período agradável de nossa infância e adolescência. Nossos sentimentos não são de missão cumprida, mas de jornada apenas iniciada. Olharemos para trás e perguntaremos: “Valeu a pena? Tudo vale a pena se a alma não é pequena”.