Após a simulação de outubro, o Monu-EM conclui mais um ciclo e chega à marca dos 13 anos de trabalho no Colégio. Muito além da prática com discurso e resolução de problemas, os alunos levam para a vida uma concepção abrangente e compreensiva do mundo e de sua realidade.
O tema principal a ser discutido na simulação foi a questão dos Direitos Humanos nos campos de refugiados do Oriente Médio. Apesar de representar uma realidade muito distante da dos alunos, segundo a professora Regina Mara Fonseca, foi possível a abertura de uma discussão bastante frutífera, imersa na realidade debatida.
“Eles são muito dedicados. A parte da pesquisa, do interesse em descobrir mais sobre aquilo que discutirão, vai muito de uma vontade pessoal deles”, explica a
professora. “Nós ensinamos as regras da simulação, a prática com a fala em público, mas a maior parte do aprendizado eles realizam por conta própria, e sempre temos bons resultados”, completa.
O curso ainda permite a participação contínua depois de sua conclusão: os alunos de anos anteriores podem voltar a participar do Monu-EM como monitores, que buscam guiar e mentorar os ingressantes. Carlos Herculano, no 2o ano do Ensino Médio, participou nesta edição como Monitor Júnior, sendo responsável por ajudar nas pesquisas dos alunos, treinar debates, dentre outras funções. “Fazendo o Monu-EM, antes como aluno e agora como monitor, percebo como a minha capacidade de expressar ideias de maneira clara e objetiva melhorou muito. Nesse aspecto, as aulas de
oratória foram muito importantes”, comentou.
O feedback sobre o curso acaba vindo não só de alunos que o concluiram, mas também daqueles que, ingressando no universo universitário ou profissional, aplicam o conteúdo aprendido de forma prática. “É sempre bom saber que o curso foi eficaz.
Dá uma felicidade imensa quando nossos ex-alunos vem comentar conosco o quanto o curso os ajudou a exercer suas funções em centros acadêmicos na faculdade ou até no trabalho”, pontua Regina.
“Participar do Monu-Em foi uma decisão da qual nunca me arrependi; no projeto, aprendi a pesquisar de maneira mais aprofundada, a elaborar discursos coerentes e mais persuasivos, mas fundamentalmente, a saber dialogar com o outro, reconhecendo-lhe a sua posição”, explica Ye Lin Kim, ex-aluna, agora estudante de Direito na USP.