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12/03/2014

#Prata da casa #Produção de alunos

Publicado em 12/03/2014 07:00

Não costumo reclamar muito, mas agora nesse instante isso é o que mais quero fazer.

Nunca tinha estado em uma situação como esta, em que daria de tudo para ter uma visão perfeita. Nessa exposição de quadros, não paro de ouvir pessoas dizendo coisas como “O artista sabe mesmo trabalhar com o contraste de cores”, “As cores desse quadro são tão frias, posso sentir a melancolia emanando dele” ou “Mas que representação linda do pôr-do-sol, as cores são perfeitas, tão quentes”.

Ficava com vontade de gritar “Da pra calar a boca!”

Não estava aguentando mais, havia sido um erro vir aqui. Sabia que não seria capaz de apreciar todas as obras, mas nunca achei que ficaria tão irritado com todos os comentários sobre cores. Mas não podia evitar. Eu não via as tão famosas cores das quais não paravam de falar. Eu via “em preto e branco” como diziam. Ou pelo menos era isso que achavam de acordo com os testes que fiz quando era mais novo.

Vermelho, roxo, azul, amarelo, verde, até mesmo preto e branco, eram palavras sem sentido para mim. Muitas pessoas já haviam tentado me explicar, descrever cada cor. Mas não havia sentido nisso. Eu nunca entendia e os outros também não entendiam quando eu tentava descrever meu mundo, completamente diferente do deles. Pelo menos eu podia apenas diferenciar cores claras e escuras, esse era um conceito mais fácil.

Mas isso não me deixava nem um pouco contentado. Sim, já havia aprendido a aceitar que minha visão é desse jeito e que não pode ser mudada. Mas doía. Doía muito ouvir pessoas falando com tanto entusiasmo sobre uma coisa que eu não entendia. Doía não poder compartilhar da felicidade que muitos sentiam ao receberem um presente de sua cor favorita. Eu não era capaz de escolher uma cor favorita. De ser como todo mundo ao meu redor. Para eles, o mundo era colorido. Para mim, era repleto apenas de variação de tons claros e escuros de algo que não sei o que é. Pode ser fúcsia, turquesa, carmin, vinho, verde-oliva.

Não faz diferença.

Eu não sou capaz de ver todas essas cores maravilhosas das quais todo mundo fala.

Jenifer Cristina (2H2)

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