Eu choro ardente, o desespero eu grito
Enquanto minha morte acontece nesse solstício
Eu canto amargo, livre eu lhe imito
Este corpo serve para meu sacrifício
Cansado estou eu de tantos padrões
Desejo é o meu de isso quebrar
Imitar livremente suas canções
Ou ser criativo sem tempo precisar
Correr por aí com a mente leve
Morrer novamente com coração pesado.
Mágoas, dores e ódios esquecer na neve
Que nesse solstício cai comigo amarrado
A corda na árvore e meu pescoço naquela
A neve também eu quero imitar
Só com um detalhe diferente do dela
Quero cair sem o chão alcançar
Gabriel Marques, 2H1