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Romeu e Julieta: das pontes que criamos entre nós – a nova peça do grupo de teatro do Band

Publicado em 22/12/2021 12:08

Recentemente, foi apresentada, pelo grupo de teatro do Band em parceria com o Célia Helena Centro de Artes e Educação, a peça “Romeu e Julieta: das pontes que criamos entre nós”. A apresentação ocorreu de forma totalmente remota, o que não impediu o espetáculo de ser um sucesso.


O curso, que também ocorreu on-line, foi lecionado por duas professoras da Escola de Teatro, Joana Dória e Bia Morelli. Joana conta que os primeiros passos para a escolha da peça foram descobrir as habilidades da turma como um todo. “Fizemos alguns exercícios de integração e fundamentação, com jogos e dinâmicas corporais. Ao mesmo tempo, mapeamos as características e interesses da turma tanto no sentido de temas quanto de linguagens. Vimos muitas coisas relacionadas a música e desenhos. Ao final do 1.o semestre, já tínhamos definido que faríamos uma adaptação dramatúrgica – uma vez que a produção se daria nesse contexto remoto – de Romeu e Julieta.”.


Uma das coisas que ajudou na opção pela adaptação do texto de William Shakespeare foi um vídeo feito à distância de uma versão da turma da canção “Home”, de Gabrielle Aplin, que tinha a proposta de superar as distâncias a partir da criação artística. Foi experimentada a possibilidade de tocar e cantar junto à distância e se apropriar de objetos de casa como elementos cênicos e instrumentos. “Esse mote das distâncias entre nós foi nos encaminhando, durante o 1.o semestre, para a escolha de Romeu e Julieta como uma metáfora dessa relação entre jovens que se encontram, se apaixonam, querem viver esse grande amor e têm algo que impede.”, explica Joana.

A peça se passa em uma ligação do Zoom de um grupo de teatro que se apresentaria horas depois e decidiu se reunir para concluir os últimos detalhes, mas começa a se deparar com obstáculos estranhos. De repente, não conseguem mais sair de seus quartos, se comunicar com ninguém que não estivesse na ligação e nem sequer fazer pesquisas no Google. O grupo percebe que, se a situação não mudasse rapidamente, não conseguiria fazer sua apresentação, então decide passar o tempo adaptando a peça para o modo remoto. Joana ressalta o empenho coletivo na criação de cada cena. “O processo todo teve uma participação muito determinante da turma em todos os sentidos. Essas cenas do grupo que está montando Shakespeare foram criadas de improviso a partir de situações que propusemos para a turma. Eles improvisavam e descobriam, junto com a gente, o rumo que tomaríamos para construir o espetáculo.”.

Bia conta que, após cada uma das duas apresentações, o grupo recebeu os telespectadores na sala do Zoom, onde ocorreu um bate-papo em que o público pôde dar suas impressões e fazer perguntas para os atores. “Ficamos todos muito orgulhosos pelo trabalho que construímos. O público elogiou muito a criatividade e a potência da turma, a diversidade de linguagens que trabalhamos – desenho, música e atuação. Os atores falaram sobre as dificuldades de fazer a peça de casa e como isso trouxe uma evolução e um aprendizado muito grandes. Aprenderam sobre direção de arte, luzes, cenografia, fundo e enquadramento ao transformar o quarto em um cenário e os familiares ajudaram muito nisso. A devolutiva foi muito bacana!”.

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