A V Semana de Humanidades ocorreu no final de outubro e com os eventos sendo ministrados de forma totalmente remota, mantendo os protocolos de biossegurança e evitando aglomerações. Diferentemente do que foi feito em outras edições, a V Semana de Humanidades possuiu um tema central, que foi a Amazônia, devido à sua grande importância para a Terra. Os coordenadores de Humanidades, Márcia Abdo (Geografia), Ana Cíntia (História) e Régis de Lima (Artes, Filosofia e Sociologia), explicam que é fundamental que se conheça a região e se sensibilize com a necessidade de preservá-la de modo a estimular seu aproveitamento econômico de forma sustentável.
Foram organizados vários eventos em que foram chamados especialistas de diversas áreas para tratar do tema central por diferentes ângulos. O Professor Doutor Alberto Pfeifer trouxe uma perspectiva estratégica da inserção internacional do Brasil a partir da potencialização do bioma amazônico como ativo da política externa. O arqueólogo Eduardo Góes Neves, que pesquisa a história regional desde os anos 80, discorreu sobre a ocupação e transformação promovidas pelos índios da região ao longo dos últimos 12 mil anos. A fotógrafa Rosa Gauditano, cujas fotos ficaram expostas no hall de entrada do Band, contou suas histórias ao longo de tantos anos de convívio com índios, dos quais produziu farta documentação fotográfica. A equipe de Artes, em um formato diferente de apresentação interativa, visitou a Bienal destacando e comentando a arte indígena que, nesse ano, aparece com destaque na mostra. Estudantes membros do Climate Reality Project, vindos de diversos países, preocupados com como as mudanças climáticas podem interferir no seu futuro, relataram o impacto da crise ambiental em seus países. Por fim, a ambientalista e diretora do Fundo JBS pela Amazônia, Andréa Azevedo, destacou o cenário atual, os desafios da região, as possibilidades de exploração sustentável e apresentou uma nova classificação apontando quatro “Amazônias”: Conservada, em Transição, Convertida e Cidades.
Márcia Abdo contou, também, como foi a interação dos estudantes em cada evento. “Os alunos que participaram, cientes da importância do assunto, mostraram-se bastante interessados e envolvidos com as discussões. Ao final dos eventos, tivemos a clara sensação do quão importante foi ter acesso aos dados precisos e às diversas formas de enxergar a região. Temos certeza de que aqueles que participaram ficaram muito mais cientes e apaixonados por esse “pedaço” de Brasil tão interessante e desafiador.”. Ela ainda relembra que a Semana ocorreu às vésperas da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2021, a COP-26, na qual o Brasil surge como destaque por possuir a maior e mais importante floresta tropical do Mundo, trazendo à tona, mais uma vez, a discussão sobre a sua relevância.
Confira abaixo como foram os eventos: