O Grupo de Apoio do Band, no 3.o bimestre, passou por uma formação em CNV (Comunicação Não-Violenta) conduzida por profissionais do Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação Moral (GEPEM). Durante o período, foram feitos exercícios práticos de como utilizar a CNV em situações de conflito e de gratidão.
O Grupo de Apoio é uma equipe de protagonismo dos alunos que cuida da boa convivência no Band formado no ano de 2021, para 6.os e 7.os anos, para atuar temporariamente, durante a pandemia, por conta da impossibilidade de criar as Equipes de Ajuda, como acontecia em anos anteriores. No 2.o bimestre, já havia ocorrido uma formação, também com os pesquisadores do GEPEM, em que foram abordados temas como escuta ativa, linguagem descritiva e como ajudar e acolher um colega em situação de dificuldade.
Uma das orientadoras responsáveis pelo Grupo de Apoio, Marina Schwarz explica como se deu a formação no 3.o bimestre. “Foram feitas atividades demonstrativas e exercícios em duplas com o foco em identificar sentimentos e necessidades a partir da fala das pessoas. Tentamos observar isso especialmente em situações de conflito. Quando investigamos qual sentimento está sendo expresso, fica mais fácil acolher e abordar a questão de uma forma que gere maior colaboração e reconhecimento ao invés de apenas uma reação à situação. A ideia é diminuir qualquer julgamento sobre as ações de outra pessoa e buscar compreender o que está por trás disso. É poder olhar para o outro e entender o que ele expressa através de suas ações.”.
A aluna do 7.o ano Mariana Fajuri, que é membro do Grupo de Apoio, ressalta a importância de profissionais na formação. “A equipe do GEPEM nos mostrou as técnicas que podemos utilizar para ajudar o próximo e sempre deixou claro que cada situação é única e o que funcionou com uma pessoa não necessariamente funcionará com outra. Eles também explicaram sobre a “expressão honesta”, que é focar em si mesmo. Ficou nítido que o principal é oferecer apoio aos outros, mas, para isso, não podemos esquecer de nós mesmos.”.
Marina conta que os conceitos aprendidos auxiliam a ter maior empatia com relação aos sentimentos e necessidades do próximo, além de se portar de maneira diferente frente a uma situação de conflito. “Trabalhamos o ‘não reagir de forma violenta’ nesses momentos, mas acolher e entender o outro. Ao invés de ter uma reação com os nervos à flor da pele, sem pensar, a CNV estimula que o aluno pare, escute o que for dito e reconheça os sentimentos e necessidades tanto do outro quanto próprios para então poder ter uma fala que promova uma solução pacífica do conflito e uma conexão maior, reconhecendo que o outro também é humano. O mais importante, ao meu ver, é esse olhar humanizado para o outro, o que costuma ser difícil em situações de conflito.”.