Ocorreu, recentemente, uma live com participação da delegada Raquel Gallinati sobre como o esporte influencia na vida das pessoas e a desigualdade de gênero. Ela conversou com alguns dos professores de Educação Física do Band e contou um pouco da importância que a prática esportiva teve em sua trajetória e os aprendizados que isso lhe trouxe, além de ressaltar os desafios pelos quais teve de passar pelo simples fato de ser mulher.
“O esporte nos ensina a lidar com fracassos. As falhas estão sempre ligadas ao sucesso e temos que saber como reagir a essas situações. O sucesso só chega para quem já fracassou muito, mas que trabalhou muito, teve resiliência e determinação e soube enxergar que as conquistas não são imediatas. Existe um processo. O mesmo ocorre na vida profissional. A vitória não pode te dar prepotência nem arrogância. Ninguém pode achar que é ‘o cara’ por isso. A vida é completamente dinâmica. Cada acontecimento é uma situação. Se está em uma situação positiva, é claro que foi pelo caminho percorrido, mas tudo acaba se o trabalho não seguir.”, afirma Raquel.
A delegada explica que sua profissão, desde pequena, faz parte de quem ela é. Não tolerava injustiças e nem se omitia ao ver um colega sofrendo bullying. Ela ressalta a importância de ter um emprego que gosta e se identifica. “Quando você faz o que gosta, nem percebe que está trabalhando. Com paixão, as tarefas são ainda melhores concluídas. Claro que em tudo na vida vai ter algo que você acha chato, mas o prazer de exercer uma função que se identifica supera tudo isso.”.
Raquel também conta sobre os desafios de ser uma mulher em um cargo de liderança e em um ambiente extremamente masculinizado e com muito machismo em pequenos e grandes atos, desde diminuição de forma intencional até subestimação da capacidade pelo simples fato de ser mulher, como ainda é o departamento policial. Apesar de existir preconceito por conta de gênero em todas as áreas, a delegada afirma que o esporte, apesar de não ser diferente, pode ser mais democrático em relação a isso em algumas modalidades, o que infelizmente não é o caso das artes marciais que acompanharam Raquel durante toda sua vida. Ser a única menina nas aulas de capoeira e taekwondo lhe ensinou muito sobre como temos muito a evoluir enquanto sociedade e como precisaria se esforçar ainda mais do que um homem para ser respeitada em seu meio de trabalho.
Confira a live abaixo: