Desde o início da pandemia, o Band implementou uma parceria com o Hospital Sírio-Libanês, bem como uma reestruturação de todo o funcionamento do Ambulatório. A equipe é formada pelas enfermeiras que atuam no Colégio em conjunto com os médicos do próprio Hospital, além de conectar-se com diferentes áreas do próprio Band, como Tecnologia e Orientação Educacional, promovendo três princípios: Atenção, Prevenção e Promoção.
Nathalia Fagundes é Técnica de Enfermagem, funcionária do Hospital Sírio-Libanês e integra a equipe de enfermeiras do Band. Ela comenta sobre o dia a dia no Ambulatório: “Quando funcionamos presencialmente, atendemos as demandas que vão surgindo e auxiliamos no seguimento do protocolo de prevenção da Covid-19. Qualquer problema, os inspetores são orientados a trazer os alunos para a Enfermaria.”, explica.
Durante o período em que os alunos assistem às aulas de forma totalmente remota, a equipe do Colégio funciona no sentido de monitoramento de casos suspeitos de Covid, seja de funcionários ou de alunos. “Toda vez que chega a informação de alguma suspeita ou caso confirmado, nós entramos em contato, é feito um acolhimento e uma orientação do protocolo desenvolvido pelo Hospital Sírio-Libanês em conjunto com o Band, mantemos um canal de comunicação para acompanhar a melhora do paciente e desenvolvimento do quadro. Antes da pessoa retornar, nós entramos em contato para conferir se ainda há sintomas, se está ou não apta a retornar e fornecer o acolhimento necessário.”.
Outro ponto importante que o Colégio implantou foi a Telemedicina, que funciona a partir do acompanhamento dos casos. “Conforme os sintomas estão mais acentuados, nós entramos em contato com a equipe do Hospital do Sírio, que nos envia o link para fazermos uma chamada de vídeo. Caso seja um aluno, os responsáveis também são convidados a participar dessa teleconsulta. Na chamada, ficamos nós, do ambulatório, o médico do Hospital Sírio-Libanês que está atendendo e fornece as orientações necessárias, o paciente e os responsáveis.”, explica Natália.
Euda Núbia da Silvia é enfermeira do Band há 13 anos. “Quando eu comecei a trabalhar aqui, o ambulatório era completamente diferente. Nós passamos por várias mudanças para chegar nesse ambiente tão agradável e acolhedor, e esse acolhimento é o maior diferencial do nosso ambulatório. A Educação e a Saúde caminham juntos, por isso esse suporte emocional ao aluno é tão importante”, conta.
Pensando nisso, pode-se enfatizar a parceria com a Orientação Educacional. “Aqui, nós temos um olhar mais clínico sobre a saúde física do aluno, mas é possível detectar quando há alguma alteração emocional, como nervosismo, tristeza e ansiedade. Caso haja, passamos isso para a equipe da Orientação que fornece esse suporte emocional que é essencial.”, explica Euda Núbia. No que tange infraestrutura e protocolos, a enfermeira conta que a parceria com o Hospital Sírio-Libanês foi muito positiva. “Estamos em constante contato com profissionais do Hospital, abrangendo os mais diversos setores como Pediatria, Infectologia e Epidemiologia. Essa aliança dá uma segurança muito grande para a nossa equipe e para toda a comunidade Band.”, comenta.
Ela afirma, ainda, que o desenvolvimento do Ambulatório ao longo dos anos foi nítido. “Todo o suporte que recebemos da Diretoria da escola fornecendo dados, gráficos e um balanço de nosso trabalho, além das ferramentas implementadas pela equipe de Tecnologia e a intermediação com o Hospital Sírio-Libanês, nos permitiu ter uma atuação muito mais efetiva”, conclui.
Catiane Araújo, enfermeira do Band, é técnica de Enfermagem e funcionária do Hospital. Por ter se juntado à equipe há pouco mais de um mês, ela não teve tanto contato físico com os eventuais pacientes do Colégio. “Aqui, temos um suporte muito grande no que se refere à Tecnologia, medicação, e recebemos todo um apoio para que possamos fornecer uma assistência de qualidade. Temos as demandas do dia a dia, o monitoramento da COVID para toda a comunidade e o acolhimento e tratamento necessário em cada caso.”.
Um ponto importante a ser citado é o compromisso do Band com campanhas de vacinação ao longo da história. Sobre isso, Euda Núbia conta: “Começamos a fazer a vacinação contra o vírus do HPV e, logo em seguida, iniciamos a da gripe, que passou a ter aplicação obrigatória todo ano. Nós estipulamos as datas no calendário do ambulatório e realizamos a aplicação. Hoje, o Band já vacinou mais de 1500 alunos contra o HPV e é considerado pioneiro na área, sendo homenageado em congressos e veículos de comunicação. O Brasil é um país com muitos casos de câncer de útero e me sinto muito grata por poder contribuir para a prevenção dessa doença”.
Atualmente, o Band está fornecendo a vacina da gripe para todos os seus funcionários nas próprias dependências do Colégio. “Recebemos vários elogios do atendimento no Ambulatório. Os alunos se sentem acolhidos aqui, os responsáveis também ficam muito satisfeitos e estamos sempre alinhados com eles. O reconhecimento do nosso trabalho é muito importante para nós”, conclui Núbia.
Guilherme Marcondes de Salles Aguiar, Gerente de Desenvolvimento Humano e Operações do Band, afirma: “O Band está comprometido com o desenvolvimento de pessoas, que é nossa visão de futuro, e estamos olhando para todos os profissionais aqui dentro. Neste processo de desenvolvimento e formação, procuramos entender qual foi a trajetória das enfermeiras até chegar no Band, o que elas almejam pensando em termos de carreira e desenvolvimento de habilidades, e como poderíamos conectar isso com o Band. Esse trabalho teve uma troca muito grande que proporcionou a construção de um time que pudesse agregar valor tanto para o Band quanto para elas.”
Vanessa Passarelli, Orientadora Educacional, complementa: “Nosso objetivo é, além da atenção à saúde, também prevenção e promoção. Às vezes, há situações que acontecem com uma certa frequência que demandam uma promoção, por parte do Colégio, em relação à saúde mental, por exemplo. A Orientação pode colaborar nesse sentido, bem como na prevenção, pensando na Saúde de forma mais ampla. Nós acreditamos muito na conexão do Ambulatório com a Orientação, olhando para o ser humano de forma integrada e buscando acolher a comunidade em uma estratégia de convivência do Band.”.
Doutor Ricardo Fonseca é médico pediatra do Hospital Sírio-Libanês, coordenador do pronto atendimento infantil e médico da saúde escolar. “Desde antes da pandemia, estamos trabalhando com o Band na reestruturação do Ambulatório, que passou a contar com a equipe de Enfermagem do Hospital. Toda a equipe foi treinada e atualizada segundo nossos protocolos de atendimento para as intercorrências dos alunos e funcionários durante o período escolar.”
Ele conta que, com a pandemia, o Ambulatório adquiriu um novo escopo de monitorar os casos sintomáticos confirmados e os contactantes da Covid-19: “Todos os casos informados ao Ambulatório pelas famílias, funcionários ou professores são orientados e acompanhados virtualmente de acordo com a sua evolução clínica, o tempo de realização dos exames e o tempo de quarentena. A equipe do Ambulatório administra uma planilha de controle, semanalmente, todos os casos são discutidos segundo esses aspectos, visando gerenciar os casos de Covid na Escola.”.
Além do gerenciamento dos casos em si, são feitas análises estatísticas e epidemiológicas da incidência da doença no Colégio. “Isso é muito importante e os resultados que nós temos são muito satisfatórios, no sentido de trabalhar, prever e antecipar qualquer ação que possa ser tomada visando mitigar os riscos de transmissão da doença no ambiente escolar”, detalha Ricardo.
Além disso, a Enfermagem do Ambulatório tem um link direto com a equipe médica do Hospital Sírio-Libanês através de telemedicina. Ricardo explica: “Em qualquer caso mais complexo cuja resolução não seja possível com os recursos do Ambulatório, as enfermeiras entram em contato imediatamente com a equipe do pronto-socorro pediátrico do Hospital e o médico avalia a situação dando a conduta pertinente. Se for o caso, uma ambulância é acionada para que o aluno seja levado ao Hospital e ele receba todo o atendimento.”.
Todo esse processo está coberto do ponto de vista financeiro, independentemente de o aluno ter um convênio que lhe dê direito a um atendimento no Hospital ou não. Do primeiro atendimento emergencial até a estabilização do quadro, tudo pode ser feito no Hospital, pois isso está contemplado no escopo de atuação do Ambulatório e do Hospital Sírio-Libanês.