Neste mês, a professora de Ciências, STEAM e STEM Renata Magalhães defendeu sua dissertação de mestrado na área de Zoologia, no programa de pós-graduação em Ciências Biológicas, na USP.
“A ideia surgiu em 2008, antes mesmo de eu entrar na faculdade, quando meu orientador, em uma de suas viagens para estudar os répteis que habitam o cerrado brasileiro, encontrou pequenos grupos de indivíduos de uma mesma espécie no interior de alguns cupinzeiros. Esses grupos de lagartos eram formados por adultos e filhotes e, a partir dessa observação, surgiu a dúvida sobre o fato de serem núcleos familiares, algo que, apesar de ser observado com certa frequência em répteis, raramente é investigado do ponto de vista genético. Assim, em 2017, começamos o projeto para responder esta questão.”, conta Renata sobre como surgiu a ideia.
Sobre o processo de pesquisa, ela diz: “Foi um período bastante desafiador, no qual me dividi entre a carreira de pesquisadora na USP e a carreira de professora no Band. Foram quatro anos muito intensos e de muito aprendizado, não só sobre biologia molecular, ecologia e genética, áreas diretamente relacionadas com o meu projeto, mas também sobre o processo de se ‘fazer Ciência’ em si.”.
O “Fazer Ciência” ao qual Renata se refere é frequentemente trabalhado com os alunos no Band nas disciplinas de Ciências oferecidas a eles. “Trabalhamos bastante esse conceito com nossos alunos. Questionamos como o conhecimento científico que aprendemos nas aulas foi construído ao longo de tantos anos e foi muito especial poder me dedicar à pesquisa e trazer um pouco dessa realidade para as discussões em sala de aula.”, comenta Renata.
“Nesse sentido, o apoio que recebi do Band, em especial dos coordenadores e parceiros da equipe de Ciências, foi essencial para que esse processo tenha sido tão rico. Como toda pesquisa científica, termino meu trabalho com mais perguntas do que respostas e pretendo, assim que a situação atual de pandemia melhorar, continuar estudando esse assunto para publicar nossos achados em revistas científicas, compartilhando um pouco sobre esse processo e nossas descobertas”, finaliza a professora.