Em 2020, todas as disciplinas tiveram de se adaptar para o ensino remoto e, para CPG, não foi diferente. Ao longo do curso do 6.o ano, a equipe, formada pela orientadora Lúcia Costa e pelas professoras Daiana Silva e Ana Paula Benedetti ministrou diversas atividades que estimulam uma melhor convivência, autoconhecimento e reflexão.
“CPG para os 6.os anos é um curso voltado para as questões da convivência. Entendemos que, à medida que os alunos conseguem se reconhecer, ter um autoconhecimento e se perceberem como seres em constante relações sociais, é possível olhar para si e para essas relações de forma mais assertiva, contribuindo, assim, para um melhor desenvolvimento das habilidades socioemocionais e sociomorais. É um curso pautado nos conteúdos da Psicologia Positiva e Psicologia Moral, sempre com objetivo de tornar a convivência um espaço saudável e positivo”, explica Lúcia Costa.
A cada 15 dias, foram feitos encontros síncronos com a orientadora do ano e as professoras de CPG. Sobre eles, a orientadora destaca: “Discutimos temas que consideramos relevantes ao currículo e ao momento que estamos vivendo, usando como disparador um filme que os alunos deveriam assistir em casa. Dessa forma, foi possível acolhê-los e aprofundar questões pertinentes ao ano de 2020. Além disso, via Moodle, disponibilizamos uma apostila em PDF com exercícios que costumamos fazer em sala de aula, presencialmente.”.
“CPG é um curso que valoriza muito o indivíduo e as relações. Ajustes precisaram ser feitos para não haver prejuízos. Aproveitamos para trabalharmos, neste período de maior vulnerabilidade social, pontos fortes, conhecidos na Psicologia Positiva como forças pessoais, contribuindo para que eles encontrassem estratégias de enfrentamento neste período de isolamento”, conta Lúcia.
No 6.o ano, é feito um trabalho aprofundado no entendimento de Valores Morais e emoções e como é importante reconhecê-los nas nossas condutas. “Pudemos também trabalhar as forças pessoais e como usá-las ao nosso favor. Houve um trabalho estruturado para lidar com temas como família e grupos sociais a partir de um olhar empático. Terminamos o ano com o tema gratidão e o projeto ‘O que aconteceu de bom em 2020’, a fim de reconhecer momentos saudáveis e de potência nesse ano tão desafiador. Os alunos nos surpreenderam com o envolvimento, os profundos diálogos e também suas produções, que foram maravilhosas!”, explica.
Sobre o retorno, a professora Daiana Silva comenta que foi muito positivo, dado o número de adesões: “Eles nos enviaram cerca de 200 produções, mesmo não havendo obrigatoriedade na entrega. Isso nos mostra que o curso e as atividades estão fazendo sentido e tendo significado para eles, e isso é o mais importante. Frente ao nosso último projeto, pudemos encerrar o curso retomando as produções dos alunos, fazendo uma retrospectiva do ano nas aulas de CPG e compartilhando nossas emoções frente à 2020.”.
“É importante dizer que, apesar de adaptações necessárias, o curso teve uma ótima adesão e a convivência, o autoconhecimento e o encontro significativo tiveram espaço sistematizado no currículo. Os alunos tiveram acesso a ferramentas de apoio para enfrentar esse ano tão desafiador e puderam contar sempre com o nosso suporte, inclusive com atendimentos individuais para dar seguimento a temas discutidos durante as aulas”, afirma Daiana.
CPG, por ser uma disciplina voltada para o indivíduo e a convivência, possui flexibilidade e tem a sua potência na possibilidade de mesclar conteúdos importantes previstos no currículo com o acolhimento necessário diante das demandas inesperadas. “Essa combinação nos permitiu, por exemplo, falar das emoções e sentimentos de viver em isolamento social, tema não previsto em currículo inicialmente, mas que precisou ser cuidado. Apenas uma escola como o Band, que tem um olhar diferenciado à convivência, garante espaços sistematizados para que isso aconteça”, finaliza Daiana.
Para o aluno Enrico Epelbaum, as aulas foram muito positivas mesmo no formato on-line: “Todos os professores e alunos conseguiram fazer com que as aulas fossem muito legais, mostrando filmes, fazendo conversas e discussões. Nos primeiros bimestres, as aulas de CPG me ajudaram bastante a ficar menos nervoso para as provas e tudo que estava acontecendo. O trabalho final foi muito bom, porque me ajudou a lembrar de tudo de bom que aconteceu esse ano. Eu adorei fazer.”.
Sobre o curso, a aluna Laura Morganti comenta: “Nós aprendemos a ter mais empatia com os outros, a respeitar nossos colegas e professores na sala de aula, a não dispersar e a dar valor ao que temos em nossas vidas. As aulas também me ajudaram a ficar mais calma com as provas e trabalhos. Apesar de ter sido um ano tão difícil, o trabalho final me permitiu listar várias coisas boas que vivi, o que me deixou muito feliz.”.
Veja algumas das produções, clicando aqui.