Fernando Silva Perez Moraes ingressou no Band em 2009, no 6.o ano, e formou-se em 2015. Durante o Ensino Médio, ele fazia parte da turma de Exatas e tinha preferência pelas matérias de Matemática e Física. Além disso, fez um curso extracurricular de Filosofia na 3.a série, era da turma de Inglês Avançado e participou de duas feiras de ciências, no 6.o ano e na 2.a série.
“As aulas de filosofia eram oferecidas extracurricularmente aos alunos da turma de exatas e abriram minha cabeça para o estudo de outras áreas do conhecimento. Quanto à Feira de Ciências, lembro que o tema de 2009 foi Inovação e Sustentabilidade e, com isso, pude perceber que tenho bastante interesse na área de pesquisa científica. Na feira de 2014, de participação opcional, meu grupo ganhou o primeiro lugar no júri científico. Foi uma experiência muito boa que tive a oportunidade de vivenciar”, afirma Fernando sobre seu período no Band.
Ele conta que sua ideia inicial era prestar Engenharia, mas acabou optando por outra carreira. “No terceiro ano, eu comecei a aprender sobre o corpo humano em Biologia e eu gostei muito do assunto. Então, comecei a questionar a Engenharia e passei a querer fazer Medicina, embora não tivesse tanta certeza.”, explica Fernando.
Em 2017, Fernando entrou na Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. “Ao contrário de muitos colegas, eu não tive aquela vontade de seguir essa carreira desde pequeno, apenas achava que era aquilo que eu queria e estava no caminho certo”. Ele conta que a Santa Casa busca colocar os alunos em contato com os pacientes desde o princípio. “No primeiro e no segundo ano, eu já tive diversas atividades em hospitais e fui adquirindo gosto pelo curso”, comenta.
Uma área pela qual Fernando possuía especial interesse era a Pediatria. “Desde o primeiro ano eu fiz atividades extracurriculares relacionadas a isso. Uma delas foi a LIGA, uma entidade que oferecia aulas semanais e uma atividade de acompanhamento de um ambulatório. Nós acompanhamos uma criança desde seu nascimento mensalmente, depois de 3 em 3 meses, até ela fazer 2 anos. Foi uma experiência muito bacana”. Seu primeiro estágio foi de 1 mês no Hospital Sabará, ainda no primeiro ano.
No terceiro ano, ele conta que começou a se interessar pela área de Epidemiologia e Bioestatística. “A Santa Casa possui um programa de intercâmbio chamado Pesquisadores do Futuro. Para aplicar, é necessário ter um projeto de iniciação científica, que eu já estava desenvolvendo. Então, passei por uma entrevista em que observaram meu gosto pela Pediatria e Epidemiologia de números. Outro pré-requisito foi o nível avançado de Inglês. Ter feito parte do SEP [atualmente chamado Honors English Program, Programa de Inglês Avançado do Band] me ajudou muito com essa parte”, explica.
A sua iniciação científica teve como tema os determinantes sociais da saúde, voltado à área da epidemiologia. A pesquisa deu enfoque para a questão da violência policial. “Isso impacta muito a qualidade de vida das pessoas, a expectativa de vida. Não é algo biológico como uma doença, mas afeta muito a saúde da população. Esse projeto ainda está em andamento”, explica o estudante.
Fernando foi selecionado para um estágio de 2 meses no hospital de câncer infantil St. Jude Children’s Research Hospital, em Memphis (Tenessee), no departamento de epidemiologia do câncer infantil, que estuda quais são as características desses pacientes, que tipo de câncer eles têm, quais os tratamentos que valem mais a pena, entre outros.
Nesse período, ele desenvolveu uma pesquisa, juntamente com uma equipe do hospital, que foi aceita para ser apresentada em um congresso da SIOP (Sociedade Internacional de Oncologia Pediátrica) e publicada na Revista Pediatric Blood & Cancer. O trabalho, cujo tema é epidemiologia do câncer infantil, consiste em uma avaliação de métodos para classificar unidades de onco-hematologia pediátrica. “Foi feita uma comparação entre vários sistemas de classificação de unidades que atendem onco-hematologia pediátrica”, explica. É possível acessar a pesquisa clicando aqui, no texto de número 1461.
“O Band dá liberdade para escolher o que se deseja fazer, apesar das obrigações inerentes ao contexto escolar. As inúmeras atividades extracurriculares oferecidas são outro fator que contribui para abrir portas aos alunos, para que eles desenvolvam habilidades e conheçam novas áreas cuja atuação se dá ainda dentro da Escola. Os projetos do qual participei, principalmente a Feira de Ciências e o SEP, foram muito relevantes na minha vida profissional.”, finaliza Fernando.