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08/09/2020

Do Band a Harvard: Conhecendo Maine

#Do Band a Harvard

Do Band a Harvard: Conhecendo Maine

Publicado em 08/09/2020 16:09

Querido leitor,

Espero que você esteja bem! Hoje, quero mostrar para você um pouco sobre Maine, um dos estados que fica mais ao norte dos Estados Unidos (quase que no Canadá) e que queria conhecer quase desde quando cheguei aqui. 

O Maine (MN) é um estado bem pouco populoso e bem pouco povoado, e por isso o número de casos de COVID-19 sempre estiveram bem baixos (a média de 7 dias não passou de 60 novos casos/dia desde o início da pandemia; fonte: https://www.nytimes.com/interactive/2020/us/maine-coronavirus-cases.html). Apesar dos casos estarem controlados em Massachusetts (MA), estado em que Boston fica, há muito mais casos relativamente aqui do que em MN (MA está com média de 7 dias oscilando entre cerca de 300 e 450 novos casos/dia; fonte: https://www.nytimes.com/interactive/2020/us/massachusetts-coronavirus-cases.html). É importante lembrar que a subnotificação de novos casos aqui no Nordeste dos EUA é muito menor do que em outros lugares do mundo por conta da grande quantidade de testes aplicados diariamente, dado que já foi testada quase 30% da população (https://www.mass.gov/doc/covid-19-dashboard-september-7-2020/download). De qualquer forma, por conta dessa situação, tive que levar um teste para COVID-19 com resultado negativo feito nas últimas 72 horas para visitar o estado de Maine. 

Fomos de carro até o Parque Nacional de Acadia, que fica ao norte do estado, num percurso que durou cerca de 6h de estrada. Chegando lá, fomos ver o pôr do sol na costa. 

O pôr do sol em Bass Harbor

O dia seguinte começou às 4h, já que queríamos novamente ver o sol. Entramos no Park Loop Road, que é uma estrada que percorre grande parte do parque, e fomos até um dos inícios de trilha para a montanha Cadillac, uma das mais altas da região.

Começamos a andar quase que totalmente no escuro!

 

O nascer do sol fez a caminhada valer a pena.

Uma das coisas que acredito que torna este parque tão bonito é a combinação de montanhas e mar. A paisagem me remete muito às montanhas do estado de Vermont, mas a brisa marítima e o cheiro de mar tornam Acadia muito especial. A vegetação de coníferas e o relevo pedregoso torna a paisagem muito diferente das que estou acostumado a ver no Brasil.

A vista do Otter Cliff.

 

A Sand Beach, uma das únicas praias da região que tem areia.

 

A vista de uma das paradas do Park Loop.

Outra coisa que me surpreendeu muito é que toda essa beleza natural é muito bem conservada ao mesmo tempo em que o parque é muito turístico. A grande maioria dos lugares é acessível por carros. Por exemplo, para ver o  nascer do sol que vi na Cadillac Mountain você pode tanto subir a montanha a pé, ou ir de carro até o topo. Eu sou muito mais fã de fazer as coisas de uma forma mais “raiz”, andando muito e até sofrendo um pouquinho, mas acho muito legal que a oportunidade de desfrutar das vistas e desse ambiente tão bonito seja estendida a praticamente qualquer um, independentemente de restrições de mobilidade. A infraestrutura do parque é boa, com estradas bem pavimentadas e sinalizadas, além de banheiros e lixeiras distribuídos pelas paradas.

O Jordan Pond House, um restaurante que fica no parque. Por conta da situação atual, tivemos que sentar no gramado para comer, o que não deixou de ser muito gostoso.

 

A Jordan Pond

 

Outro ângulo da Jordan Pond

Tem sido muito bom viver essas experiências, e poder desfrutá-las de um modo que seja relativamente seguro é um desafio para o governo e para quem recebe os turistas. Partindo da pequena amostra que pude vivenciar, acredito que foram encontradas soluções razoáveis para que o turismo não fosse proibido sem haver um grande prejuízo à saúde pública. O uso de máscaras, restrições de viagem (necessidade de ser testado negativamente ou ficar 14 dias em quarentena no estado de Maine) e de restaurantes (encorajamento de mesas externas e limite de pessoas em ambientes internos) com certeza contribuem para que o número de casos em MN tenha se mantido baixo. Espero que tanto aqui quanto no Brasil as coisas melhorem, e que nesse meio tempo tanto o governo quanto a sociedade consiga encontrar um equilíbrio para enfrentar a pandemia. Até uma próxima!

Lucas

Lucas Umesaki se formou no Colégio Bandeirantes em 2015, e desde 2017 é aluno da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Neste ano, terá o privilégio de vivenciar um dos principais centros de pesquisa do mundo em um programa de intercâmbio. Atualmente é Research Trainee no Brigham and Women’s Hospital, um dos hospitais filiados a Harvard Medical School.

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