A aluna Júlia Moutinho de Carvalho, do 9.o ano, ocupou o 3.o lugar na competição National Space Society Space Settlement Contest 2020, patrocinada pela Nasa. A competição, que consiste na elaboração de projetos e estudos sobre estações espaciais, ocorre anualmente entre estudantes do mundo todo e tem o objetivo de estimular o estudo de ciências, física e matemática, além de astronomia e exploração espacial. Este ano, o evento contou com a participação de mais de 14 mil alunos entre o 6.o ano do fundamental e a 3.a série do Ensino Médio.
Disputada entre estudantes da mesma série, a competição inclui duas categorias: mérito artístico, mais focado em projetos visuais, e o mérito literário, voltado aos projetos de cunho textual. As três primeiras colocações, no entanto, incluem ambas as categorias. Em 2018, quando estava no 7.o ano, Júlia ganhou destaque na categoria artística na mesma competição, com um projeto distinto.
Ao explicar sobre o projeto que rendeu-lhe o 3.o lugar, “20 places to see when you go to a space settlement”, Júlia conta que se inspirou no livro “1000 lugares para conhecer antes de morrer” e buscou retratar como funciona cada setor de uma estação espacial em uma espécie de guia, como o abastecimento de comida, assistência de saúde, entre outros. “São necessários vários lugares se quisermos suprir nossas necessidades quando formos ao espaço, e eu tentei explicar cada um deles”, ela comenta.
Quanto ao processo de pesquisa, Júlia explica que a maior parte da consulta foi realizada em sites, principalmente americanos, já que o trabalho foi redigido em inglês, além de ter buscado referências em livros.
Além do conteúdo textual, Júlia produziu digitalmente várias imagens para a ilustração do trabalho, por meio das quais também fez referências a filmes de ficção científica como Star Wars, 2001: Uma Odisseia no Espaço, Os Passageiros, Perdido em Marte e outros.
Devido à pandemia, a entrega dos trabalhos foi feita virtualmente, em oposição aos anos passados quando estes eram enviados até a sede nos Estados Unidos. A cerimônia de premiação foi adiada para 2021 e os resultados foram divulgados no site da competição.
Quanto à vivência no Band, Júlia comenta que já participou de várias feiras de ciência, inclusive ganhando 1.o lugar em 2018 com um protótipo de aeroponia – técnica de plantação que consiste em manter as plantas suspensas no ar, nutrindo-as com uma mistura de água e fertilizante.
Para ela, o Band foi fundamental nessa conquista: “O Band me deu independência para ir atrás de assuntos que eu nunca tinha ouvido falar, me dando plena autonomia para pesquisar sobre diferentes temas”.