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08/04/2019

Do Band a Harvard: A trajetória até a faculdade

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Do Band a Harvard: A trajetória até a faculdade

Publicado em 08/04/2019 13:45

E estamos de volta com mais um texto Do Band a Harvard!

Essa semana resolvemos responder algumas das perguntas mais frequentes que recebemos e contar de forma mais aprofundada nossa transição do Band a faculdade.

Cada ano no Band certamente traz algo de novo. Novos professores, matérias, amigos, desafios e conquistas. O 3o ano, nosso querido “terceirão”, consegue amplificar tudo isso. É uma junção da incerteza de algo totalmente novo que nos espera e da saudade que começa logo nos primeiros dias do ano. Não é um ano fácil, mas sem dúvidas é uma oportunidade para grande crescimento pessoal.

Comemoração do terceiro ano – 2014

 

É nesse momento que temos que fazer umas das escolhas mais difíceis do ano: nossa carreira. Além disso, ficamos também cara a cara com os vestibulares. Nós já fomos esse vestibulando que enfrentou esse grande desafio. Sem querer se aprofundar em dicas ou o plano perfeito de estudos, podemos dizer que umas das coisas mais importantes nesse processo (e em qualquer outra situação parecida) é manter a calma. É claro que estudar é essencial também, mas é a calma que fará a diferença nos últimos momentos.

Uma das principais mudanças que acompanham essa transição escola-universidade é a noção de responsabilidade. A escolha de um curso ou de qual universidade prestar. Se você quer prestar fora de sua cidade natal ou se não quer prestar nada, qual cursinho escolher, etc. São decisões que cabem, em última análise, única e exclusivamente a nós. A partir de agora, somos responsáveis pelas decisões que tomamos e pelos caminhos que escolhemos. É importante lembrar aqui que nem todos têm as mesmas oportunidades e que estamos em uma posição de privilégio por termos sido estudantes do Band, temos o privilégio da escolha de nosso futuro e de termos um amplo espectro de possibilidades.

Bom, e depois de passar deste desafio, como será?

Nós passamos na Faculdade de Medicina da USP, então nossa experiência é baseada principalmente nela. Entretanto, conversando com nossos amigos de outros cursos podemos concluir que a estrutura básica é praticamente a mesma.

No primeiro ano de faculdade, em sua maioria, temos aulas de ciências básicas, como bioquímica, biologia celular, biologia molecular – temas extremamente relevantes, mas frustrantes à primeira vista para um aluno de primeiro ano querendo ver tudo de medicina. Durante esse primeiro ano, principalmente no primeiro semestre, fomos inundados por um choque de realidade com uma parcela enorme de crescimento pessoal e de maturidade.

A primeira grande mudança foi em relação às aulas teóricas. Elas passaram a durar 4 horas em média, isso significa que tem um professor falando sobre o mesmo tema por quatro horas seguidas, ao invés dos 50 minutos. A segunda mudança foi em relação a nossa autonomia e proatividade. Não tem mais lição de casa, material de estudo, listas que indicam por aonde e o que estudar, como estávamos acostumados. A responsabilidade de estudo e organização passa a ser inteiramente sua, baseado no conhecimento adquirido.

Sala de aula da Faculdade de Medicina da USP

Paralelamente a isso tudo, ao entrar na faculdade, somos expostos a muitos grupos de extensão, a muitas ligas e aos esportes. Os primeiros são atividades extracurriculares formadas por grupos de alunos como centro acadêmico, grupo de dança, de música, de voluntariado no hospital, de atendimento médico, etc. As ligas são atividades extracurriculares relacionadas a medicina, onde os alunos escolhem temas específicos para aprender mais a fundo, geralmente com atendimento no hospital. Os esportes são oferecidos pela AAAOC (Associação Atlética Acadêmica Oswaldo Cruz).  Assim, logo queremos fazer parte de tudo: jogar um esporte para participar da competição de calouros, entrar em todos os grupos, em todas as ligas, etc.

Nossa turma ganhando a primeira competição universitária e em festa na faculdade

No meio das novidades da graduação e das diversas atividades extracurriculares, as primeiras provas chegaram. Com toda nossa insegurança, ansiedade e inexperiência de primeiro semestre da universidade, mas com uma leve confiança, veio o próximo choque. Notas não tão boas, provas sem gabarito e sem devolução, só uma planilha com sua nota dizendo se foi aprovado ou não. Realmente, os ambientes escolares e universitários são bem diferentes.

Apesar da dificuldade inicial, aos poucos fomos aprendendo a gerenciar nosso tempo e a optarmos apenas por algumas atividades extracurriculares, e não querer fazer todas ao mesmo tempo, priorizando aquilo que nos era mais importante.

Nós dois criamos caminhos muito diferentes dentro da Pinheiros, um na Atlética e a outra no Centro Acadêmico. Mas algo nos unia: o interesse pela pesquisa. A escolha de ter em nossa trajetória o envolvimento com iniciação científica foi um dos motivos que nos trouxe até aqui.

Até a próxima semana!

 

Giovanna Pedreira e Leonardo Pipek

Os alunos formados no Band em 2014, Giovanna Pedreira e Leonardo Pipek, estão tendo uma oportunidade única! Em um programa de intercâmbio da Faculdade de Medicina da USP e da Harvard University, os dois passarão um ano estudando em Boston. Confira o Blog dos estudantes que será atualizado toda semana!

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