Para inaugurarmos nossa nova página, um texto escrito por um aluno. E como as provas bimestrais estão chegando… nada melhor do que um texto escrito na prova bimestral passada.
Esse é um editorial, produzido pelo colega Gabriel Souza, da turma 3A. Para o colega, as cotas destinadas a mulheres, em cargos de comando em empresas brasileiras, são “um disfarce para o machismo”.
Boa leitura!
Boas provas!
Cotas femininas – um disfarce para o machismo
Nos últimos anos, têm-se feito esforços para acabar com as mais diversas formas de preconceito. Entre elas está o preconceito contra a mulher, que, felizmente, tem finalmente sido reconhecido como um tipo de discriminação tão grave quanto os outros. Apesar disso, certas medidas tomadas, como a criação de cotas femininas para conselhos administrativos em empresas, podem ser ineficazes e até intensificar o problema ao invés de solucioná-lo.
Em primeiro lugar, é importante ressaltar que este Tijolo não nega a existência de uma diferença grande entre a quantidade de homens e mulheres em cargos administrativos de alta importância, como comprovado por uma pesquisa da Fundação Getúlio Vargas que mostrou que apenas 8% dessas posições são ocupadas por mulheres no Brasil. Apesar disso, a imposição de cotas às empresas aumentará artificialmente a participação feminina, de modo que as novas integrantes dos conselhos provavelmente não estariam tão qualificadas quanto o necessário. Elas teriam pulado etapas do processo de ascensão empresarial, levando ao posterior abandono do cargo ou à menor lucratividade da empresa. Isso também é meritocraticamente injusto, já que o critério de seleção seria o sexo, e não a qualificação profissional.
Em segundo lugar, mesmo para as mulheres com qualificação o suficiente para se manterem no posto, haveria um problema a mais no âmbito interno da empresa, que é o estigma contra a conselheira feminina. Poderiam se relacionar a presença de mulheres no conselho às cotas, gerando um grau de preconceito entre os administradores. Ou seja, os índices pareceriam bons por fora, mas, por dentro, haveria discriminação e desestímulo a conselheiras.
Concluindo, as cotas femininas para altos cargos de empresas provavelmente não solucionariam o problema da discrepância de participação entre os sexos e, talvez, ainda criassem outros. Por isso, a solução real é o fim de preconceitos, como a associação da área de exatas ao sexo masculino, por exemplo. Dessa forma, serão formadas mais mulheres qualificadas para tais cargos e, com o tempo, a representatividade feminina irá naturalmente aumentar.
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