Minha voz me resume. Ela é grossa, feia, e as vezes pode assustar as pessoas que não me conhecem. Por outro lado, ela é vigorosa, não se dobra a ninguém e é impossível de ser ignorada. Ela é como uma grande tempestade de verão: você pode amá-la ou odiá-la, mas nunca ser indiferente. Eu também sou assim. Quando eu conheço uma pessoa, não quero ser aquele colega chato para conversar por cinco minutos para as pessoas se anestesiarem da dor de ficarem em silêncio. Eu quero ser um tsunami, a tempestade que não avisa a chegada, entra sem bater e de repente já tomou conta de toda a casa. Quero ser o ataque do time invencível que troca passes sem que a defesa do medo e da proteção sequer tenha tempo ou coragem de reagir. Algumas pessoas gostam de evoluir relacionamentos aos poucos, como um castelo de cartas que vai sendo meticulosamente construído, carta por carta. Eu quero relacionamentos loucos, que durem exatamente o quanto precisarem durar, mas que sejam reais, indiscutivelmente reais. Eu quero ouvir seus medos, seus sonhos, como você ri daquelas piadas sem graça que são feitas na frente da sala e que o professor deseja se matar só de ouvir menção a elas. Quero seu abraço, seu “Parabéns!”, e também suas lágrimas de tristeza e confusão. Vamos ser reais. Eu garanto que vai ser divertido.
Sérgio André Cristovão, ex-aluno 2017