A pergunta, feita por alunos do Ensino Médio, foi o pontapé inicial para que quatro pesquisadores viessem ao Colégio contar sobre a realidade atual do campo. Como a Biologia tem ganhado força entre os corredores da escola, cerca de 70 alunos do Ensino Médio aproveitaram para conhecer mais a área.
Alexandre Hilsdorf, pai da aluna do 1.o ano do Ensino Médio, Bruna Hilsdorf, trouxe para a primeira metade da conversa um pouco da sua experiência como professor na Universidade de Mogi das Cruzes, onde coordena o laboratório de genética de organismos aquáticos. Realista, Hilsdorf mostrou aos alunos que é preciso ter interesse em estudar pelo resto da vida para se tornar um pesquisador e, principalmente, ter em mente que não é possível planejar uma carreira: novos caminhos podem surgir a todo instante.
Para a segunda metade da conversa, os alunos receberam a equipe da Unifesp – composta pelo professor João Pesquero, o fisiologista do exercício Paulo Correia e o preparador físico Chiaretto Costa – responsável pelo o projeto “Atletas do Futuro” que busca realizar um banco de dados genético a respeito dos atletas do país. A partir de histórias, o grupo contou as diferentes trajetórias que levaram os três – cada qual com uma formação diferente – ao projeto que realizam atualmente.
Além disso, um dos principais focos da conversa foi a falta de recursos e empreendedorismo científico no Brasil. De forma motivadora, os pesquisadores também mostraram que é possível obter realização na carreira. “O mais marcante foi ver que o trabalho do pesquisador no Brasil é mais difícil pela falta de financiamento e, por conta disso, os brasileiros são valorizados no exterior. Mas é possível fazer pesquisa de qualidade no Brasil e a conversa me ajudou a confirmar meu interesse na área”, contou o aluno da 3.a série do Ensino Médio, Nicolas Birrer.
“Durante a conversa, muitas perguntas foram respondidas pelos pesquisadores. O mais importante é que, a partir delas, muitos puderam trazer novas questões a respeito do futuro e de suas carreiras”, comentou a Coordenadora de Biologia, Meire de Bartolo. Além dela, também estavam presentes a Coordenadora do STEAM, Cristiana Assumpção, a professora de Biologia, Girlene Sismotto, e a Professora de Biotecnologia, Luciane Leigue.
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