O Natal é tão antigo quanto a civilização.
A história do Natal começa a cerda de 7 mil anos antes do nascimento de Jesus e tem um motivo bem prático: celebrar o solstício de inverno, a noite mais longa do ano no hemisfério norte, que acontece no final de dezembro. É o ponto de virada das trevas para luz: o “renascimento” do Sol. Na Mesopotâmia, a celebração durava 12 dias. Já os gregos aproveitavam o solstício para cultuar Dionísio, o deus do vinho e da vida mansa, enquanto os egípcios relembravam a passagem do deus Osíris para o mundo dos mortos. Na China, as homenagens eram para o símbolo do yin-yang, que representa a harmonia da natureza. Até povos antigos da Grã-Bretanha, mais primitivos que seus contemporâneos do Oriente, comemoravam em volta de Stonehenge, monumento que começou a ser erguido em 3100 a.C. para marcar a trajetória do Sol ao longo do ano.
Em Roma, século 2, no dia 25 de dezembro, a população homenageia o nascimento do deus persa Mitra, que representa a luz e, ao longo do século 2, tornou-se uma das divindades mais respeitadas entre os romanos. O culto a Mitra chegou à Europa lá pelo século 4 a.C., quando Alexandre, o Grande, conquistou o Oriente Médio. Centenas de anos depois, soldados romanos viraram devotos da divindade. E ela foi parar no centro do Império.
Os fiéis de Roma queriam fazer comemorações no solstício e era de interesse da dos chefes da Igreja marcar uma celebração cristã nessa época. Em 221 d.C., o historiador cristão Sextus Julius Africanus definiu o aniversário de Jesus no dia 25 de dezembro, nascimento de Mitra. A Igreja aceitou a proposta e, a partir do século 4, quando o cristianismo virou a religião oficial do Império, o Festival do Sol Invicto começou a mudar de homenageado.
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Fonte: VERSIGNASSI, Alexandre. MINAMI, Thiago. A verdadeira história do Natal. Super Interessante, São Paulo, 31 out. 2016. Disponível em: <http://super.abril.com.br/historia/a-verdadeira-historia-do-natal/>. Acesso em 12 nov. 2016.