Por Beatriz Lazari
O InterBand esse ano está ainda mais especial. O motivo é que o evento está ocorrendo ao mesmo tempo que os Jogos Olímpicos Rio 2016. Neste cenário, vem chamando a atenção de muitos usuários nas redes sociais a junção dos esportes com uma outra pauta que também está muito em alta: a luta pelos direitos das mulheres.
Na Olimpíada de 2016, vemos um destaque das mulheres em algumas modalidades. No vôlei, no futebol, no judô e em muitos outros. Uma das atletas de destaque é Marta, que já foi eleita 5 vezes a melhor jogadora de futebol do mundo e já marcou muito mais gols pela seleção do que o Neymar, por exemplo. Outra é Rafaela Silva, uma mulher negra, que veio da periferia e que é lutadora de judô. E ainda temos Simone Biles, que para muitos é a maior ginasta de todos os tempos.
Com a crescente luta das mulheres por seu espaço e seus direitos, essas conquitas olímpicas ficaram ainda mais visiveis na mídia e aos olhos dos espectadores. Isso é a representatividade da mulher em um universo bastante machista que é o universo dos esportes. A ideia de que a mulher é fraca e incapacitada para atividades físicas caiu por terra.
Tendo isso em mente, entrevistamos mulheres que participam do InterBand para ouvir suas opiniões sobre o assunto. “O homem pensa que ele pode, que ele consegue e a mulher tem que pensar igual. O machismo existe e não tem como negar. Mas o fato de ele existir faz com que a gente seja mais forte. Isso faz com que nós tenhamos mais garra, mais vontade de ganhar e mais confiança. Eu acredito que no esporte, seja mulher ou homem, não existe barreira pra ninguém”, explicou a treinadora do time de voleibol infantil feminino do Band.
“As mulheres estão dando tudo de si. Por exemplo, as meninas do futebol. Elas já ganharam nessa Olimpíada, estão fazendo de tudo pra ganhar, e o masculino chegou um pouco morno, achando que já estava fácil”, acrescentou Malika, uma jogadora do time. “Cada vez mais as mulheres estão ganhando espaço na sociedade. E as Olimpíadas estão mostrando que as mulheres servem sim para o esporte e não só pra ficar em casa. Nós podemos conquistar o que nós quisermos”, concluiu a atleta.
No final, o evento, que tem um destaque bastante grande no âmbito nacional e no internacional, veio para dar mais poder a essas pessoas que estão em uma luta diária para terem o reconhecimento que merecem. Por isso, eventos esportivos são tão importantes não só para espalhar por aí um significado muito lindo de união e incentivar a pratica de atividades físicas, mas também para serem palco de luta e resistência para quem precisa ser visto. E este ano é a vez das mulheres.
Notícias