Este ano, no Brasil, o tema para o Dia Mundial sem Tabaco será “Embalagem de cigarro: por que padronizar?”. Nosso país segue a proposta de campanha da OMS(Organização Mundial da Saúde) para esse ano.
A intenção primordial será mostrar que a padronização das embalagens pode ser uma importante estratégia para a redução do ato de fumar.
Segundo o INCA (Instituto Nacional do Câncer), três projetos de lei tramitam no Congresso e caso sejam aprovados obrigariam a todos os produtos derivados do tabaco a uma embalagem única, padronizada pelo governo.
O nome da marca seria mantido, mas forma, tamanho, modo de abertura, cor e fonte seriam iguais.
O primeiro país a adotar essa estratégia, ainda em 2012, foi a Austrália. Este ano, o Departamento de Saúde informou que as embalagens padronizadas foram responsáveis por uma redução de 25% no número de fumantes.
Baseado na experiência australiana e no resultado de algumas pesquisas, o INCA explica as vantagens da padronização:
Com a tendência mundial de proibição de propagandas de produtos de tabaco nos meios de comunicação e de patrocínio de eventos culturais e esportivos por esses produtos, as embalagens tornaram-se uma ferramenta crucial para a indústria do tabaco atrair e manter os consumidores.
A não regulação das cores e imagens das embalagens contribui para criar percepções errôneas entre os consumidores de que certas marcas são mais seguras do que outras. A remoção de termos enganosos (tais como suave, light) e de cores (como prata, azul e vermelho) reduziria falsas crenças sobre os riscos dos cigarros à saúde.
Adultos e adolescentes percebem os cigarros contidos em embalagens padronizadas como menos apelativos, menos palatáveis, menos prazerosos e como de qualidade inferior quando comparados aos cigarros vendidos em embalagens comuns (antes da medida).
A padronização das embalagens contendo advertências sanitárias grandes e ilustradas com imagens (75% da face frontal da embalagem) reduz o apelo da embalagem e também fortalece o impacto das advertências sanitárias.
As principais constatações informam que a padronização
Reduz o apelo dos produtos de tabaco, principalmente entre jovens e adolescentes, uma vez que o tabagismo é uma doença pediátrica;
não leva ao aumento no consumo de cigarros contrabandeados;
encoraja a cessação do tabagismo.
Mais informações sobre a data e o evento no hotsite do Dia Mundial sem Tabaco.
Em Portugal, a Direção Geral de Saúde informa que houve uma diminuição no número de “jovens fumadores”, mas mesmo assim o Dia Mundial sem Tabaco vai focar esse público com uma campanha bem direta: “Larga a Chupeta. Fumar é Ridículo”.
Um dos cartazes da campanha ilustra o início desse texto.