Fronhas, toalhas, sujas de rímel
Que eu marco, territorial,
Na minha jornada que (imagina)
Nunca nem começou, é imemorial
Ao topo da mais alta colina
Que eu subo, com meu cão-guia
Soleníssimo sr. Cão-Guia
Que acho que parece eu
Mas não sei, de fato
Pois minha visão morreu
Quando nasci
E se todo mundo é cego
Ninguém me revela
Que a colina é plana
E que eu seguro uma vela
E minha imaginação segura a chama.
Fernanda Atihe, ex-aluna, 2014