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08/06/2015

Por que fazer intercâmbio ?

Por que fazer intercâmbio ?

Publicado em 08/06/2015 19:39

Muita gente se pergunta o porquê de fazer um intercâmbio. Eu, inclusive, me perguntava muito. Como eu já falei aqui, eu demorei até perceber que intercâmbio era pra mim. Na verdade, intercâmbio é pra qualquer um, essa é minha opinião. E por que fazer? Minha resposta pra essa pergunta é: por que não fazer? Qualquer um tem pelo menos um pouco (na verdade muito, mas estou tentando não defender o intercâmbio com unhas e dentes pra não parecer parcial) pra ganhar vivendo um tempo fora do seu país.

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meu calendário

Tem o aspecto pessoal, pra mim, um dos mais (talvez o mais) marcante até agora. E não é só de lavar as minhas roupas, arrumar minha cama e fazer minha própria comida que eu to falando (mas tenho que admitir que já foi um salto grande pra mim). To falando de administrar o dinheiro da bolsa que eu recebo pra ter dinheiro pro aluguel, celular, luz, internet. To falando de lembrar de todas essas datas e pagar tudo no prazo. Mas ainda assim, é bem mais do que isso. É olhar um calendário em branco pelos próximos 12 meses e saber que é você o responsável por preenchê-lo. E digo isso tanto da forma metafórica quanto da literal. É você que vai organizar as viagens, porque não tem mais final de semana na praia com os primos. É você quem decide o que fazer no seu final de semana, porque não tem mais almoço de domingo na casa da avó. É você. Só você. É você quem anota quando as contas de luz, gás, internet, aluguel vão vencer. O calendário começa em branco e é a melhor sensação do mundo “povoá-lo” do seu jeito, só do seu e de mais ninguém. Sentir que você é realmente dono do seu próprio nariz.

Se isso não é suficiente como argumento a favor do intercâmbio (não estou tentando convencer ninguém a nada, só mostrar o quanto um intercâmbio pode te proporcionar), tem ainda o aspecto profissional.

Estar em um ambiente novo (seja lá para fazer colegial, faculdade, pós graduação, curso de línguas, de dança, ou qualquer outra coisa) é muito estimulante. Quando você sai do ambiente que você está acostumado, só pela próprio estímulo de sair da zona de conforto, já há um crescimento. Por melhor que um professor, um técnico, um amigo, um restaurante seja, mudar agrega. Agrega porque você conhece novos pontos de vista, novas ideais, novos gostos. Não necessariamente o novo técnico é melhor, mas com certeza ele tem alguma coisa nova a te oferecer. E mesmo que seja pior, é ótimo também. Muitas vezes (muitas mesmo) a gente só aprende errando, vendo coisas ruins.

Fora isso, estar em uma instituição como Harvard é se sentir no centro do mundo. É incrível a variedade de aulas que temos, o nível dos palestrantes que vem pra cá, a seriedade com que tudo é encarado, a pontualidade para início e término das atividade. Tudo de mais atual está acontecendo por aqui. Ao mesmo tempo, tudo de mais antigo se pode achar por aqui. Na biblioteca (ah, a biblioteca.. Ela merece um post inteiro só para ela), quadros que mostram como as cirurgias eram feitas no começo (sem assepsia, sem anestesia), nas salas de aulas, os artigos mais recentes das melhores revistas científicas sendo discutidos. Salas conservadas dos primórdios de Harvard para se ver como era estudar aqui muitos anos atrás convivem com os livros mais atuais dos temas mais atuais. É incrível. É muito estimulante. E, pra completar, Harvard ainda fica do lado do MIT, onde você encontra a biblioteca lotada num domingo a noite (e não modo de dizer).

sala conservada na biblioteca de Harvard

sala conservada na biblioteca de Harvard

Pode não ser Harvard, nem o MIT, mas tem muitas instituições boas mundo a fora com muito a nos ensinar. E nós, temos sempre muito a aprender, disso eu tenho certeza. Aprender a fazer frango com macarrão (infelizmente, também não é modo de dizer), aprender sobre como as nanopartículas da impressora podem impactar nossa saúde (quando eu falo que tem aulas sobre tudo eu não estou exagerando), aprender que sempre podemos aprender mais, que não há um limite.

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