Neste domingo eu e a Carol participamos de uma corrida muito divertida chamada “Color Run”. A corrida funciona assim: durante o percurso, os corredores passam por estações nas quais há voluntários da corrida jogando uma espécie de pó colorido que, quando em contato com a pele, assume a aparência de tinta. O resultado é que, ao final da corrida, todos estão super coloridos e tiveram uma boa diversão enquanto corriam os 5km. Ou melhor: enquanto corriam as 3.1 milhas. Isto me faz lembrar o quanto é recorrente este tipo de “correção métrica” que temos que fazer aqui.
Acredito que quem tem vontade de fazer um intercâmbio (especificamente nos EUA) deve ter a noção de como pode ser desafiador se adaptar a medidas às quais não está acostumado. Quanto você mede em polegadas? Qual é o seu peso em libras? 50 graus Fahrenheit é quente ou frio? Andar 5 milhas é muito longe? Dirigir a 60 milhas/hora é ok? Um sapato número não 7 é para crianças? E calça, uma número 27 não é ridiculamente pequena? Esses são os tipos de perguntas com as quais você se depara no seu dia-a-dia… e por mais que você queira continuar a saber sua altura em metros, o seu peso em quilos e o número do seu sapato na casa dos 30, não tem jeito. Por mais que seja possível ficar digitando no Google toda hora para fazer as conversões, são tantas as vezes que você tem que ficar pesquisando que uma hora você finalmente se rende e decide aprender as novas medidas. Confesso que ainda tenho que pesquisar muitas coisas no Google (o que às vezes pode se tornar meio cansativo e desprático)…Mas com o tempo você vai se acostumando. Hoje eu já tenho uma noção de que 50 graus Fahrenheit é meio frio (10 graus Celsius), que andar 5 milhas é sim longe (8Km), que dirigir a 60milhas/hora é mais do que eu pensava (96.56Km/h), que meu sapato é número 6,7-7 e não é de criança (36 no Brasil) e que minha calça 27 não é ridiculamente pequena (38 no Brasil). E não adianta você querer falar as coisas nas medidas brasileiras porque os americanos não vão entender, definitivamente. Neste caso, quem tem que se adaptar somos nós à cultura deles, não é mesmo?
Pois é…este é um tipo de “detalhe” com o qual eu nunca imaginei que fosse me deparar enquanto eu estava no Brasil. Mas é tão recorrente no meu dia-a-dia que considero importante de ser ressaltado, a ponto de merecer um tema no blog para quem pensa em morar fora. Dá pra sobreviver sem saber disto de antemão, mas é bom estar preparado para tudo o que pode enfrentar (mesmo para os pequenos detalhes), não é mesmo?