A nuca em contato com a grama fria
E ele era nada
O sol envolvendo o vestido em luz quente
O tecido dançando, fresta
A calcinha entrevista, rendas
Ela era tudo
O riso líquido nos olhos de cristal
Cabelos dançando também
Ela repassando a luz quente
Pro mundo, pra ele
Tarde de verão, ele lembra,
Grama fria sob a nuca,
Ela dançava com os cabelos e o tecido
Riso difuso
Já vago
Já choro
Já morte
Agora a tarde de verão é fria
Ele deita ao lado da lápide:
“Dias melhores virão”
Espera a vida acabar
José Henrique Ballini Luiz, 3H1