O mundo é deprimente. É uma grande bola de depressão. Você olha pras pessoas, pra sociedade no geral e tudo que você consegue pensar é que não há esperança. Nem pra você, nem pra sua família, seu vizinho, ou até mesmo para aquele desconhecido do outro lado do mundo. As pessoas são más, egoístas. Tudo que pensam remete a elas. Vivem no seu próprio mundo utópico, sem se preocupar nem com aqueles que os amam e que eles mesmos dizem amar. É como se houvesse uma cortina, que bloqueasse tudo que há de ruim no mundo.
Ao perceber isso, ao perceber o que o mundo realmente é, você começa a olhar o mundo com um ar de ansiedade. O que será do mundo daqui há alguns anos? Viveremos numa bolha, sem se comunicar com ninguém? Ou nos destruiremos em busca da procura de um “mundo ideal”, diferente para cada um?
Entretanto, tenho que ser sincera quanto ao primeiro parágrafo desse texto. Generalizei a sociedade. Há sempre pessoas que nos dão esperança. Não muitas. Três, quatro, cinco no máximo. Esses seres humanos nos trazem alegria, apenas por serem quem são. Por agirem como agem. Não se limitando a sua própria “bolha”. Pensando nos outros. Nos que amam, nos que gostam, nos que nem conhecem bem. Trazendo (ou pelo menos tentando trazer) o bem estar daqueles que estão ao seu redor. Essas pessoas, acredito eu, serão aquelas que podem mudar o mundo. Afinal, não se pode querer começar pelo fim. Pequenas mudanças, pequenas ações. Um sorriso, um “como vai?”, um “quer ajuda?”, alguns minutos ouvindo alguém desabafar, um abraço. Tudo isso pode mudar o cotidiano de alguém. São essas pequenas ações que, aos poucos, mudam nossa sociedade. Só espero que esta seja altruísta o suficiente para enxergar isso.
Vitória Flosi, 3B2