Quando era moço,
Os olhos reluziam, incandescentes,
Como eram as paixões da época.
Hoje, sabe-se lá quantas luas
Já lhe furtaram das lentes
O brilho pueril.
Não mais consegue ver o belo.
As doces primaveras,
Dantes sublimes,
Agora empalidecem com sua amargura,
O rosto melancólico.
E o sorriso,
Chronos levou,
Para si.
Tiago Botelho, 3E1