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23/03/2015

#2015 #3H1 #Prata da casa #Produção de alunos #prosa #Romero

Publicado em 23/03/2015 06:30

Pelo canto do olho te vejo perto do bar. Aproveito para olhar e esse olhar só para quando você genuinamente o retribui. Você está indo pra longe, é como se eu te perdesse na multidão. Ou quase. Multidão desagradável, essa. Mas você ainda está lá, agora pronto para partir. Acho que sei que te perdi. Ora, esse meu orgulho. Por que raios não estou indo rápido falar com você? Já imagino tudo. Eu vou. Ah, vou, sim. Te cumprimento e te abraço, fingindo que esse é meu cumprimento habitual. Não preciso fingir. Não pra você. Sinto tanto seus braços, seu cheiro, seu calor. Não é como se o mundo tivesse parado para nós, nem como se a música tivesse baixado. Muito pelo contrário! Está tudo tão intenso, sobrecarregando meus sentidos, chega a ser inebriante. Em algum momento começamos a deslizar nossas bochechas, mas esse momento não importa, só o que sei é o que está por vir. Abro os olhos, só então percebendo que estavam fechados e você está me olhando. Ora, olhando pra quê? Quê é que se tem para olhar aqui? Por favor, pare. Você para e põe sua mão em meu rosto. Extasia-me esse toque, tenho medo de ter mais. Acho que sempre tive medo. Desde aquela vez, lembra? Não, não lembra. Foi tudo só em mim. Tem o direito de saber, você. É, você mesmo! Pois é, desde aquela tarde eu penso em você. Vai dizer que não percebeu… Mesmo se não tivesse percebido, parece que tive agentes externos, não é? Exatamente do jeito que eu não queria que fosse… Talvez tenha dado certo. Mas não se assuste, viu. Nada foi assim tão rápido. Ou talvez tenha sido, mas a percepção só veio bem depois. Desculpe, falo demais. Na verdade, falo de menos? É, realmente puxar papo não é meu forte, me desculpe. Não tem nada pra desculpar-me? Ora, claro que sim! Já te disse, sou péssima nesses assuntos. São novidade pra mim. Talvez pra você não seja, mas aí eu já não sei. Nunca te perguntei… Por que? Ah, é claro, vergonha ué… Não, é claro que não vou perguntar pra ninguém de fora sobre isso, não está em meus direitos… Você me pergunta se eu gosto dessa música? Não, não gosto nem sei como se dança… Ora, claro que quero dançar. Sim, preferiria se fosse uma das suas músicas… Bote um Chico, dancemos valsinha… Poxa, careta? Desculpe, sou romântica. Não tem nada pra me desculpar? Você sabe que tenho razão, falo demais. Obrigada por calar-me.

 

Maíra Romero, 3H1

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